(19)3029-5692 https://www.agentedeturismo.com.br Com cidades permeadas de história e cenários naturais belíssimos, o país se destaca como destino de aventura
Conheça a Bulgária
200 quilômetros de Sófia, ao pé dos Bálcãs, está Grabovo, no coração geográfico da Bulgária. Neste vilarejo de poucos habitantes nasceu, em 1900, Petar Stefavov Rusev que, ainda criança, migrou para o Brasil.
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Terceira capital europeia mais antiga, construções de diversos períodos históricos podem ser conhecidos |
Conhecido aqui como Pedro Roussef, tornou-se o pai de Dilma Roussef, recém-eleita presidente do Brasil. A antiga casa da família foi demolida na década de 1940, e, no lugar, a prefeitura construiu um estacionamento. O museu dessa cidade tem uma única foto de como era a casa da família Roussef, um sobrado de três andares.
É claro que a Bulgária tem muito mais encantos do que a fotografia em um museu recordando as origens da nova presidente do Brasil. Junto com uma variedade de monumentos históricosque vai do período medieval passando pela arquitetura soviética, o país conta também com uma natureza privilegiada, perfeita para esportes de aventura, como escalada, espeleologia, trilhas e pedaladas pelas montanhas.
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Belas edifícios podem ser vistos no centro de Sófia |
Sófia
é uma das capitais mais antigas da Europa, com origens nos assentamentos dos trácios, no século VIII a. C. Hoje, a cidade com mais de 1,4 milhão de habitantes transpira história em meio a uma bela arquitetura combinada a muito verde, vida noturna e compras.
A principal área de compras é o Boulevard Vitosha, no qual é possível encontrar produtos locais, roupas, sapatos, artesanato e vinhos. A vida noturna passa por bares e restaurantes que exaltam a cultura local com música, principalmente achalga, ummash-upde música cigana com batidas tecno e dance.
FESTIVAL DE ROSAS
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Vestindo roupas folclóricas, moradores colhem flores no Vale das Rosas para o Festival das Rosas |
A Bulgária é um país cheio de tradições rurais, com atrações como o Vale das Rosas, onde a flor é cultivada há séculos. Entre maio e o começo de junho, as plantações entram em florada e diversas cidades da região celebram o Festival das Rosas. Festividades folclóricas com música, dança e comidas típicas são parte importante da cultura local e há dezenas deles acontecendo pelo país ao longo do ano. Os dois mais importantes acontecem em agosto: o Koprivshtitsa, próximo a Sófia, e o Pirin Sings, na cidade de Predel.
AVENTURA
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Parque Nacional de Pirin é um dos melhores locais para quem quer aproveitar a natureza |
As montanhas da Bulgária favorecem os esportes de aventura. As paisagens espetaculares dos canyons e cavernas de mármore em Trigrad Gorge, nas montanhas Ródope, são perfeitas para escalada e espeleologia. Ali, contrastando com as paredes de pedra de cerca de 250 metros de altura, há a Garganta do Diabo, desfiladeiro a partir de onde foi construído um túnel que dá acesso a cavernas com cachoeiras subterrâneas. São cerca de 150 cavernas na região, muitas delas perfeitas para escalada e frequentemente recobertas de vestígios arqueológicos pré-históricos.
Os fãs de vida natural devem também incluir no roteiro os parques nacionais da Bulgária, com as florestas de pinheiros de Bailusheva e rochedos de limestone do Parque Nacional de Pirin. Junto com montanhismo, a escalada também pode ser praticada nas regiões de Vratsa, Veliko Tarnovo, Trojan, Maliovitza e Roussenski Lom. Os parques nacionais, por si só, valem a visita. No Parque Nacional de Rila, vale visitar os sete lagos e o monastério local, uma das principais atrações da cidade.
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Em Pamporovo, nas montanhas Rila, turistas encontram resorts de esqui |
Ainda nas montanhas Ródope, há vários roteiros de pedal, muitos bastante puxados e emocionantes, com altimetria que chega a até 1600 metros de altitude. De dezembro a maio, as montanhas abrigam resorts de ski. Quaint Bansko é uma das regiões que passou recentemente a investir em infra-estrutura para esquiadores, localizada na cidade histórica ao pé das montanhas Pirin. Em Pamporovo, nas montanhas Ródope, e nas montanhas Rila, também há resorts para a temporada de ski.
No verão, a Bulgária é privilegiada por ser um dos poucos países dos Bálcãs com acesso ao litoral, pelo Mar Negro. Em Varna, a areia é branquinha e o mar calmo. A cidade abriga o Museu Arqueológico de Varna e os monumentos históricos ao ar livre são uma atração à parte, com ruínas trácias, romanas, medievais e renascentistas. Entre eles, há termas romanas e a maior igreja do país, a Igreja da Assunção. Também não faltam em Varna butiques e joalherias, na tradição de ourivesaria búlgara.
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Maior complexo litorâneo do País, Sunny Beach fica lotado de turistas |
A Praia do Sol tem o maior complexo litorâneo do país, o Sunny Beach. A alta estação é entre maio e setembro, e, curiosamente, o resort começou suas atividades durante o regime comunista, em 1958, recebendo turistas atraídos pelas águas termais. Recentemente, a região passou por um boom hoteleiro e mobiliário que trouxe vida à região, com bares, restaurantes e boa infraestrutura.
Zlatni Piasatsi, que significa areias douradas em búlgaro, é outro destino quente no litoral, com facilidade de acesso a partir de Varna. A cidade não tem nomes nas ruas e as pessoas se orientam pelos nomes dos hotéis
BULGÁRIA, ENCONTRO DE ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
A lenda conta que quando Deus repartiu o mundo entre os povos, os únicos ausentes foram os búlgaros, porque seguiam trabalhando no campo. Deus lembrou-se deles quando já não restava nada de terra para repartir e para presentear seu labor, deu-lhes um pedaço do Paraíso - uma parte de abundância no centro dos Balcãs, que desde aquele tempo leva o nome de Bulgária.
Sem exagero, este é um país que não desencanta aos que desejam descobri-lo. Situado em um cruzamento de caminhos onde dão nome a antigas civilizações, Bulgária prova sua imagem multi-facetária aos que procuram algo diferente e emocionante. Em suas terras nasceu o mito de Dionísio e Orfeu é o país de Espartaco e Tangra, de Cirilo e Metodio, sem esquecer que Bulgária segue guardando os vestígios de seis diferentes civilizações: trácia, eslava, proto-búlgara, romana, bizantina e otomana.
Bulgária tem sido saqueada e destruida muitas vezes, mas sempre tem ressuscitado das cinzas para manter-se sempre viva. Chamam-na "A Porta do Oriente" e é o lugar onde convivem cidades-museus, ruínas, cidades modernas, praias douradas, estações de verão, bosques e jardins. Seus mosteiros, simples e serenos, têm conservado preciosos afrescos de insuspeita formosura e ao mesmo tempo têm sido centros de ensinamento e cultura durante séculos, desempenhando um papel muito importante para conservar a consciência nacional.
Possivelmente o segredo do que significa Bulgária está nas três cores da sua bandeira: branco, que significa a paz, verde a fertilidade e vermelho, o sangue derramado pela libertação nacional.
Bulgária, um dos países menores da Europa, surpreende pela variedade do relevo natural e pelas paisagens de sua natureza ainda virgem. É o país das rosas e do iogurte, das encantadoras vozes da ópera e do folclore, do cordial recebimento de sua gente, do mar tíbio, das verdes montanhas, das planícies, das fontes termais e dos numerosos monumentos, alguns declarados patrimônio mundial pela UNESCO. Tudo isto converte Bulgária em um canto do Paraíso, que convidamos-lhe a contastar com seus próprios olhos.
Situação Geográfica da Bulgária
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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
Bulgária encontra-se na Europa do SE, na porção Leste da península balcânica, cuja extensão ocupa uma quinta parte. Sua superfície é de 110.911 quilômetros quadrados. Limita-se ao norte com Romenia, ao leste com o Mar Negro (que a une com Ucrania e através do Bósforo e os Dardanelos têm saída aos países do Mediterrâneo), ao sul com Turquia e Grécia e ao oeste com Sérvia e Macedônia.
O país é de relevo variado. As montanhas ocupam 28% do seu território. A cordilheira mais comprida é a Stara Planina (pico Botev - 2.376 m.), que começa do oeste, quer dizer na fronteira com Sérvia e extende-se até o Mar Negro. Seu nome antigo é "Balcan", de onde vem o nome da península balcânica.
A montanha é a fronteira climática entre a Bulgária do Norte e do Sul e está atravessada por várias passagens pitorescos. Na parte sudeste do país eleva-se o maciço montanhoso mais alto dos Balcãs - Rila (pico Mussala - 2.925 m.). Em Rila nascem os dois rios mais extensos da Bulgária - Maritza e Iskar. Do lado do Rila encontra-se outro maciço, também de caráter alpino - o de Pirin (pico Vijren - 2.915 m.). Na parte sul, na fronteira com Grécia encontra-se a pátria de Orfeu - o maciço dos Rodopes (pico Goliam Perelik - 2.198 m.) conhecido pelos pastos e belas paisagens.
As montanhas búlgaras são conhecidas também por suas formações rochosas naturais como as rochas de Belogradchik, a passagem de Iskar, as pontes de rocha, o bosque petrificado perto de Vana e as pirâmides de Melnik. Merece especial menção, as impressionantes grutas de Magurata (Belogradchik) e Ledenika (Vratza), por seus fabulosos mundos de estalactites e estalagmites.
À exceção de uma breve faixa, toda a fronteira norte da Bulgária segue o curso inferior do rio Danúbio, ao sul, o qual extende-se uma fértil planície de colinas baixas, que chega até os contrafortes dos Balcãs. É conhecida como a "triguera" de Bulgária, porque ali produz-se mais da metade da safra de cereais do país. Está atravessada por numerosos rios que correm em direção norte, desde os Balcãs até o Danúbio. Ao nordeste a planície danubiana chega a outra região, muito fértil também -a Drobudja meridional.
Paralelamente à Stara planina está situada outra montanha -a Sredna gora (a central) - pico Bogdam -1.604 m. Limitado entre as duas montanhas encontra-se o pitoresco Vale das Rosas. Se tiver a oportunidade de visitá-lo durante a temporada da colheita da rosa do azeite (maio-junho), ficará encantado com a paisagem e o cheiro que envolve todo o ambiente.
Entre os Rodopes e Sredna gora extende-se a planície mais fértil da Bulgária, o berço da civilização trácia, quer dizer, a planície trácia. Chamam-na também "a horta" do país, porque é ali onde se cultivam as verduras e as frutas mais saborosas. Ocupa um território de 6.030 quilômetros quadrados.
Os principais rios do país são o Maritza, o Iskar, o Struma, o Yantra e, naturalmente, o Danúbio (o único navegável). A grande maioria dos cursos fluviais desembocam no Mar Negro, o resto fazem-no no Mar Egeo.
As águas minerais da Bulgária oferecem interesse especial pela quantidade, composição química e propriedades terapêuticas.
O país possui variados recursos naturais: carvão, petróleo, gás natural, ferro, metais não ferrosos, etc.
FLORA E FAUNA
Embora seu pequeno território, a vegetação da Bulgária é bastante variada. Em relação a bio-geográfica, o país situa-se na fronteira entre as regiões européiaa medianas e mediterrâneas.
Os bosques ocupam quase 30% do território nacional. Deles, 75% são de folhas caducas, enquanto o resto constituem as espécies coníferas. Os bosques de folhas caducas estão formados por carvalhos, faias, adelfas, tilos, álamos, etc. Entre os coníferos, cabe destacar, o pinho, abeto, pinho selvagem e outras espécies muito extendidas nas zonas, como os Rodopes ocidentais, Rila e Pirin. Por outro lado, na Bulgária crescem mais de 400 espécies de plantas medicinais com as que preparam-se diversas infusões e medicamentos.
No país existem dezenas de terras vedadas, alguns declarados patrimônio mundial e incluidos na lista da UNESCO, como são o Lago Srebarna ou o maciço de Pirin.
A fauna da Bulgária está representada pelas espécies euro-siberiana e européia mediana. Destacam os veados, chacais, queixadas, gamos, ursos, lobos, lebres, etc.
História da Bulgária
As grandes lutas e deslocamentos de povos procedentes da Península Balcânica, provocaram o aparicimento na parte oriental, de um povo novo: os trácios. Este estranho povo, que acreditava na imortalidade da alma e, em uma verdadeira vida do além do túmulo, estava dividido em diferentes tribos e se dedicava à criação do gado e à agricultura. Os chefes e notáveis das tribos trácias eram enterrados em túmulos, que se colocavam presentes fúnebres de índole muito variada. Os trácios eram polígamos e ao morrer o marido, sacrificava-se e enterrava-se com ele sua mulher favorita e seu cavalo. Numeroso túmulos e objetos encontrados nos mesmos, são testemunha da civilização trácia, a da terra que viu nascer Espártaco, Orfeu e Dionísio.
No século VII aC. no litoral do Mar Negro búlgaro, formam-se as primeiras colônias gregas: Mes´rembria (Nesebar), Apolônia (Sozopol), Odesos (Varna), etc. Mais tarde, no ano 342 aC. Filipo da Macedônia conquista Trácia que permanece sob o seu domínio durante 50 anos. É o período da penetração da cultura helenística. No século I, os romanos ocupam o território da Bulgária e dividem-no em duas províncias: Trácia e Mesia, começando uma acelerada construção de urbanizações, teatros, estádios e aquedutos. Da época romana sobrevivem algumas testemunhas como as Termais romanas de Varna ou o Teatro romano de Plovdiv.
Os séculos V e VI caracterizaram-se pelas invasões bárbaras dos godos, hunos e avares. Ao mesmo tempo, desde o norte da Europa (atual Polônia), chegam várias tribos eslavas. O estado búlgaro foi criado no noroeste da Península Balcânica no ano 681, como fruto da união das tribos eslavas e proto-búlgaras (de origem alano-turco procedentes da Ásia Central). Foi em consequência da vitória alcançada, por estes últimos, na Batalha que livraram-os, no delta do Danúbio, contra o exército do imperador bizantino Constantino IV Pogonato, e do tratado de paz firmado pouco depois. A primeira capital foi Pliska, sendo o fundador do estado o kan Asparuj.
Durante a época dos kanes Krum e Omurtag, Bulgária incrementa seu território, alcançando um grande poder econômico e político. Na época do príncipe Boris I Mijail (852-889), os búlgaros adotam o cristianismo e no ano 863 os dois irmãos, Cirilo e Metodio, criam o alfabeto eslavo.
No século X, época de Simeão, Bulgária vive um período, que se conhece como o "Século de Ouro", especialmente no campo da literatura e das artes. Naquele então Bulgária tem saída a três mares: Negro, Egeo e Adriático, sendo a capital a cidade de Preslav. Aparece o movimento dos bogomiles, de caráter social, filosófico e esotérico. No ano 971, os bizantinos conquistam Bulgária do Leste e Preslav. A parte sudoeste do país, sob o poder feudal Samuil, conserva sua independência meio século depois, mas no ano de 1018 cai sob o domínio bizantino que durará 168 anos.
Em 1185 os dois irmãos, os boiardos Petar e Asen, organizam um levantamento anti-bizantino, proclamando a criação do Segundo Estado Búlgaro, com capital na cidade de Veliko Tarnovo. Na época do can Kaloyam, Bulgária recupera seus anteriores fronteiras e no 1205, perto de Adrianápolis, Kaloyam vence o exército latino de Balduino de Flandes.
Na época de Ivam - Asen II (1218-1241) Bulgária experimenta um auge econômico e político. Em 1277, o camponês Ivailo, organiza a primeira inssurreição camponesa, na Europa. O reinado de Ivan-Alexander é conhecido como o "segundo século de ouro" da cultura búlgara.
Como resultado da crise interna e os constantes ataques dos tártaros, Bulgária é dividida em três principados: Tarnovo, Vidin e Dobrudja. Depois de uma forte resistência Tarnovo cai sob o domínio turco, no ano 1393. Três anos mais tarde cairia Vidin.
O período compreendido entre os anos 1393-1878, sob o domínio turco, é o mais duro na história búlgara, detendo-se o desenvolvimento econômico, político e social do país. Destroem-se igrejas e mosteiros e o povo paga impostos custosos (o chamado "imposto de sangue"). Organizam-se dezenas de levantamentos que não frutificam.
Os séculos XVIII e XIX marcam o período do Renascimento búlgaro, conhecido pelo desenvolvimento do artesanato, da vida cultural, da luta pela independência religiosa e da liberação nacional. A culminação é o Levantamento de Abril de 1876, o qual, embora o seu fracasso, acelera a proclamação da guerra Russo-Turca, dos anos 1877 e 1878.
O dia 3 de março de 1878, na pequena cidade de São Stefano, perto de Estambul, o conde Ignatiev assina o tratado preliminar de paz, com o derrotado império otomano. À futura Bulgária concede-se um estatuto de principado autônomo nos lmites assinalados pela Conferência de Istambul. Porém, o tratado é revisado pelo Congresso de Berlim e, embora a resistência da delegação russa, Bulgária é dividida em três partes. O principado autônomo conservava unicamente, as terras ao norte do Balcã e os arredores da futura capital, Sofia. Bulgária, separada sob o nome de Rumelia Oriental, ficou submetida ao protetorado político e militar do sultão. Macedônia onde, segundo expressou Ignatief, "a maior parte da população considerava-se a si própria búlgara", permaneceu incluida na Turquia, cujo governo restabeleceu também, o poder na Trácia meridional.
No ano de 1879 cria-se a Constitução de Tarnovo, sendo uma das mais democráticas na Europa daqueles anos. Esse mesmo ano, o príncipe Alexander Battenberg sobe ao trono e governa o país. No ano 1885, depois de um vitorioso levantamento, Rumelia Oriental une-se ao Principado da Bulgária. Mais tarde iria explodir a guerra sérvio-búlgara, que finda com uma vitória para os búlgaros. Em 1886 Alexander Battenberg é destronado, sucedendo-o, o príncipe austríaco Fernando Sax de Coburgo.
Em 1908 proclama-se a independência da Bulgária e Fernando obtém o título de rei, introduzindo a política da Alemanha e Austro-Hungria. Como resultado dessa estratégia, sucedem-se as duas catástrofes nacionais: a primeira, depois da guerra balcânica (1912) e dos Aliados (1913) e a segunda, depois da Primera Guerra Mundial. Em 1918 Fernando abdica em favor de seu filho Boris III.
O período do Terceiro Reino Búlgaro (1878-1944) caracteriza-se pela mudança de vários governos multi-partidários e pelo regime pessoal de Boris III. Em 1920, na Bulgária estabelece-se no poder o governo do Partido Agrário, que realiza uma série de reformas democráticas. O dia 9 de junho de 1923 um golpe põe fim a este governo. Nesse mesmo ano comunistas e agrários organizam um levantamento, sem sucesso algum, contra o governo de Alexander Tzankov. Em 1934 tem início o regime "pessoal" de Boris, que trata de conduzir a política de modo flexível. Ao início da Segunda Guerra Mundial, Bulgária aposta pela neutralidad, e mais tarde, sob a pressão da Alemanha, une-se ao Pacto Trilateral (1940). Em 1941 as tropas alemãs entram na Bulgária.
Durante os anos 1941-1944, organiza-se a Resistência sob a direção do partido comunista. Em 1942 cria-se a Frente da Pátria, que une todas as capas anti-fascistas. Em agosto de 1943 falece Boris III, em circunstâncias estranhas, depois de uma tormentosa entrevista com Hitler. Nesse momento o príncipe Simeão conta com 6 anos de idade, pelo que forma-se um Conselho de Regentes. Os últimos governos tratam de separar Bulgária da Alemanha e o dia 8 de setembro de 1944 as tropas soviéticas entram no país. O exército búlgaro participa do lado do soviético, na liberação da Iugoslávia e Hungria.
Em 1946 realiza-se um referéndum, no qual 93% dos búlgaros votam por terminar com a monarquia, sendo proclamada a República. No seguinte ano começaria a nacionalização da indústria e a coletivização da terra, baseando o desenvolvimento econômico nos planos quinquenais.
No ano de 1956 sobe ao poder Teodoro Yivkov, que mantém, como líder do partido comunista e do governo até 1989, ano em que é derrotado pelos partidários da "perestroika". Esse mesmo ano inicia-se um novo futuro para Bulgária, caracterizado pelas mudanças democráticas.
Arte e Cultura da Bulgária
Artesanato
No transcurso de vários séculos, as terras búlgaras constituiram um enorme atelier no que fervilhava um trabalho incessante e criador. Os objetos de madeira, metal ou barro, além de serem úteis, possuiam beleza e perfeição. Estas características, conservadas nas formas e presentes no nosso tempo, refletem o alto grau estético do povo búlgaro.
A tradição do artesanato tem passado de geração em geração, alcançando seu cume nos séculos XVIII e XIX. Durante este período florescem a talha de madeira, a iconografía, o trabalho do cobre, a olaria, o ferro forjado, a ourivesaria, os tecidos e o bordados. Numerosas obras daquela época, pode-se encontrar nas cidades renascentistas de Koprivshtitza, Jeravna e Samokov.
As peças de cobre dos artesãos de Ustovo e Shumen, são objeto de admiração, até hoje, pela fina e formosa elaboração. Destinguem-se as mesas de cobre, com gravados de flores, folhas ou aves. Por outro lado, a joalheria búlgara tem logrado grandes sucessos, destacando as pulseiras, anéis, brincos, que mantém um tradicional valor estético (peças que fazem parte do traje nacional da mulher búlgara).
Outro dos ofícios populares é o trabalho de olaria. Desenvolve-se, principalmente, em regiões ricas em barro de boa qualidade como são Gabrovo e Troyan. Os objetos estão decorados em cores vermelha, amarela, verde ou branco; cores que combinam bem com a matiz natural do barro. Os artesãos de Troyam enriquecem esta gama, somando o azul e o laranja. Para isto, deixam cair uma gota das diferentes cores, para preparar uma particular mistura, dando lugar ao reconhecido estilo de Troyan.
A mulher búlgara mostra seu sentido da beleza e a harmonia na arte dos tecidos. São impressionantes os tapetes de lã de ovelha e de cabra dos Rodopes, os ornamentos geométricos dos tapetes de Chiprovtzi e o vistoso vermelho dos de Kotel. As mulheres búlgaras sabem bordar e tecer maravilhosamente. Em numerosos barracos ambulantes podem encontrar-se os mantos originais, porém, é preciso aclarar que o paraíso artesanal encontra-se em Etara.
A talha em madeira, como ofício, existe desde a época do Primeiro Estado búlgaro. Prova disto são os diversos fragmentos de pedra e madeira, conservados nos Museus. As madeiras mais utilizadas são as da nogueira e do tilo, que com o tempo adquirem uma bela cor vermelha, marrom avermelhado, além de ser fáceis de trabalhar. Entre as peças mais célebres destaca a porta da Igreja de Jrelio, do Monterio de Rila, do século XIV.
A maestria dos búlgaros, neste trabalho artesanal, reflete-se na iconografía, oficio tradicional que alcançou seu auge no século XIX. O ícono não tem funções decorativas como a pintura religiosa e nem ilustrativa como a miniatura, mas através do ícono realiza-se a relação invisível com Deus. É por isso que as imágens principais são de Jesus Cristo, Maria e dos diversos santos (intermediários na comunicação com Deus). O ícono mostra os diferentes símbolos e elementos decorativos, assim como, os marcos de cada santo ortodoxo. Por outro lado, o ícono está estreitamente relacionado com a vida cotidiana dos búlgaros: regala-se nos batizados, com ele são abençoados os noivos e leva-se nas procissões funerárias. Na maioria dos casos o ícono é colocado nos iconostásios (retábulos), onde sua situação faz-se conforme as regras religiosas.
Segundo a tradição a imágem pinta-se sobre uma tábua de madeira de tilo ou de cipreste. Primeiro fazem-se várias capas de cola para pegar depois, o fino tecido de cánhamo ou linho. Tornam-se aplicar capas de cola, se sobrepõe uma capa de gesso ou greda e pula-se, momento no que desenham-se os contornos da imágem. Já que o ouro simboliza a luz divina, o fundo se faz desta cor. A peça reflete as características da religião ortodoxa, cuja base é a luta entre o espírito e a matéria, sendo o objetivo a vitória do espírito.
Arquitetura
Outro tipo de arte em auge durante o Renascimento foi a arquitetura. Os distintos tipos arquitetônicos diferenciam-se segundo as regiões do país. Os materiais fundamentais de construção são a pedra e a madeira, sendo os elementos característicos da casa búlgara renascentista o balcão aberto e as janelas com grades de madeira. O interior distingue-se pelo calor e a intimidade, que proporcionam a beleza dos tetos talhados e os detalhes nos armários e portas, onde brilham o sol, as flores e várias figuras geométricas.
Música
O folclore musical reflete a energia criativa do búlgaro. Para cada ocasião e para cada festa conta com suas canções, que distinguem-se pela variedade rítmica. As mais célebres e originais são as dos Rodopes. Há que mencionar que uma destas peças foi gravada no "disco de ouro", que continha as peças musicais mais interessantes da humanidade, além da informação científica e que foi enviado ao espaço, junto às estações espaciais Voyager I e Voyager II. Por outro lado, as canções da Macedônia distinguem-se por sua agradável melodia, fruto da influência do folclore sérvio e grego.
Kaval. Gaida e Gadulka (flauta, gaita e violino popular) são os instrumentos nacionais mais populares.
No relativo à dança, à diferença de alguns rítmos que resultam monótonos, os bailes búlgaros impressionam por seus movimentos, por seus complicados passos e pelo temperamento de seus intérpretes.
Finalmente, não há que esquecer as maravilhosas vozes da ópera, que a Bulgária tem dado ao mundo. Talvez pelo feito de ser a pátria do legendário músico Orfeu, cantores como Boros Hristov, Nicolai Guiaurov, Guena Dimitrovaou Raina Kabaivanska, têm dado fama mundial ao país. Junto a estes há que, destacar os coros búlgaros, que ocupam frequentemente os primeiros lugares nos festivais internacionais. Em definitivo, as tradições folclóricas mantém-se vivas, graças aos numerosos festivais que Bulgária organiza cada ano, onde existem amadores e profissionais.
Locais Turísticos da Bulgária
Para descobrir Bulgária e seus lugares de turista, temos dividido o país em diversos apartados. Iniciaremos um percurso pelas cidades de Sofía, Plovdiv e Varna, consideradas as pérolas de Bulgária. Seguidamente desenvolveremos, brevemente, as cidades que pela beleza são consideradas museus ao ar livre. Depois visitaremos os principais mosteiros (entre eles o de Rila, o mais importante), para continuar por uma rápida visita pelos monumentos e lugares declarados pela UNESCO patrimônio da Humanidade. Finalmente iremos fazer uma rápida viagem por outros pontos de interesse.
SOFIA
A capital de Bulgária, Sofia, com perto de 1.200.000 habitantes, situa-se a 550 m. sobre o nível do mar, aos pés do monte Vitosha. Trata-se de uma das cidades mais antigas da península balcânica, que impacta pelas verdes áreas, pela limpeza das ruas e pela quietude do ambiente. Conserva, com profundo zelo, as ruinas das épocas trácia, romana, bizantina, búlgara e osmanli.
Em Sofia não há uma abundância de monumentos como em outras cidades européias, mas seu encanto reside em sua atmosfera, na aproximidade a Vitosha, nas numerosas fontes termais e em suas amplas avenidas e ruas. Destruida em múltiplas ocasiões, esta "cidade da sabedoria" sempre tem ressuscitado de suas cinzas, como uma Ave Fênix, para brilhar a cada vez mais, com mais luz. Talvez por isso diz-se que Sofía, "cresce, mas não envelhece".
A melhor forma de descobri-la é iniciar um percurso de um dos mais interessantes museus e monumentos, símbolo da cidade, quer dizer, desde a Catedral Alexander Nevski, a maior catedral ortodoxa dos Balcãs. Construida no ano de 1912, em homenagem aos mais de 20 mil soldados mortos na Guerra Russo-Turca (1877-1878), que lutaram pela liberação da Bulgária, destaca por suas cúpulas douradas, que se refletem sobre o fundo verde do próximo monte Vitosha. Seu interior impressiona pela rica decoração de mármores e preciosos afrescos, obras dos melhores pintores búlgaros, russos e checos daquele tempo. Distingue-se, além, o coro de cantores, formado exclusivamente por cantores de ópera. Na cripta da catedral encontra-se o mais rico museu de arte medieval e renascentista, onde aloja-se o tesouro nacional: a coleção de íconos búlgaros (fechado as terças feiras).
Muito perto da catedral se levanta a Basílica de Santa Sofía, do século VI, que tem dado o nome à capital. Em seu lado meridional localiza-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1981). Para o norte, uma das construções mais belas da cidade, o Teatro Nacional Ivan Vazov, construido no ano de 1907, ao estilo neo-clássico, enquanto que ao sul da catedral encontra-se a Assembléia Nacional do ano 1884, presidida por uma Estátua eqüestre de Alexandre II.
Caminhando pela rua Osvoboditel, em direção à Praça Sveta Nedelya, localiza-se a Igreja Russa de São Nicolás do 1913 e o Museu de Ciência Natural, com uma boa mostra de flora e fauna. Encostado, a Galeria de Arte Nacional e o Museu Etnográfico, ambos alojados no Palácio Real do século XIX. Na frente se levanta o Mausoleu de Georgi Dimitrov e a Galeria de Arte da Cidade. Continuando por Osvoboditel chega-se ao Parlamento, onde ainda percebem-se os restos do incêndio, provocados em agosto de 1990. Na frente, o Museu Nacional Arqueológico, com uma excelente coleção de esculturas antigas.
Daqui pode-se ver a construção mais antiga de Sofía, a Igreja de São Jorge, do século IV, antiga Rotonda romana e testemunha de importantes eventos históricos. A igreja conserva fragmentos de capas de distintos afrescos do século XI ao século XVI, enquanto que nas redondezas pode-se ver as ruinas romanas. Daqui recomendamos uma rápida visita à Mesquita Banya Bashi (século XVI), com um majestoso minarete e à Catedral de Santo Domingo do ano 1863 e restaurada, após do bombardeio da Segunda Guerra Mundial.
Para o sul da catedral, pela Avenida Vitosha, uma das ruas mais elegantes da capital, chega-se a um dos Museus mais importantes no país, o Museu Nacional de História, que conta com uma rica coleção arqueológica, arquitetônica e etnográfica (fehado na segunda- feira). Mais para o sul o moderno Palácio Nacional da Cultura, construido no ano 1981 para celebrar os 1.300 anos da criação do estado búlgaro. É o melhor exemplo da arquitetura moderna de Sofía. Lá se organizam congressos, palestras, além de ser o cenário onde atuam os melhores cantores da ópera, assim como, bailarinos búlgaros e estrangeiros. Nestas salas expõe-se, de maneira periódica, exposições de prestigiosos pintores do país.
Finalmente, há que destacar o Monte Vitosha, com 2, 290 m., muito perto de Sofía. Conta com um popular centro de esqui, que funciona durante os meses do inverno, enquanto que no verão é o melhor lugar para obter excelentes panorâmicas da capital e seus arredores.
PLOVDIV
Talvez seja uma provocação, mas Plovdiv talvez seja a cidade mais formosa da Bulgária. A Eumolpia trácia, a Filipópolis antiga, a Trimontium romana, a Felibe turca ou a Plovdiv búlgara, são alguns dos nomes que têm recebido a cidade no decorrer de sua dramática história. Sitiada nas beiras do rio Maritza, Plovdiv é, além de ser a segunda cidade em importância do país, o ponto onde convergem as rotas da Ásia Menor, para Europa e do Centro da Ásia para Grécia.
A melhor maneira de descubri-la é caminhando por suas estreitas ruas adoquinadas que guardam casas do mais puro estilo "barroco balcânico", caracterizadas pelo salão principal, rodeado pelas habitações familiares e por seus tetos belamente trabalhados (a maioria destas casas estão abertas ao público, pois alojam museus, galerias ou restaurantes). Por outro lado, desde a altura de suas colinas pode-se desfrutar da vista dos Rodopes e da planície trácia.
Uma das construções mais formosas na parte antiga é a casa, onde encontra-se o Museu Etnográfico, construido no ano de 1847. Esta considerada como uma obra mestra da casa simétrica renascentista. Sua visita dá uma idéia da cidade e da região de Plovdiv, quer dizer, de como eram as casas nos finais do século XIX (fechado segunda feira). Muito perto, as Ruinas de Eumolpias, do século II, desde onde podem-se obter excelentes vistas do Plovdiv.
Para o sul do Museu se localiza a igreja mais antiga da cidade, a Igreja dos Santos Constantino e Elena que surpreende pela beleza dos afrescos e pelos preciosos íconos de Zaharii Zograf (o pintor mais famoso daquela época). Continuando pela rua Maksim Gorki, em direção oeste, chega-se à Mesquita Imaret (1445) e ao Museu Arqueológico, que conta com uma cópia do tesouro de ouro do século IV de Panagjurishte (o original encontra-se no Museu de Sofía. Fechado segunda- feira). Daqui pode-se chegar
à Mesquita Djoumaya, conhecida como a Mesquita da Sexta-Feira e ao Anfiteatro Romano do século II. Muito próximo, o Teatro Romano, do mesmo século e restaurado recentemente para seu uso, durante os festivais e a Igreja de Santa Marina, com uma preciosa torre de madeira e intrincados iconostâsios.
Em Plovdiv são recomendáveis, também, a visita ao Museu Natural de História e à Colina da Liberação, onde encontra-se o Teatro ao ar livre e o Monumento à Armada Soviética. Por outro lado, entre as casas mais importantes da cidade, encontram-se a Casa de Balabanov, a Casa de Gueorguiadi e a Casa Hindlian, enquanto que o monumento contemporâneo de maior interesse é o Panteão, em homenagem aos homems e mulheres, que perderam suas vidas na luta pela liberação nacional.
VARNA
Chamada comumente a "Pérola da Riviera do Mar Negro", Varna é a terceira cidade búlgara e o porto mais importante do país no Mar Negro. É, sem temor à equivocação, a capital do verão da Bulgária, já que suas finas praias, providas de impressionante condomínios turísticos, atraem numerosos turistas e viajantes que procuram o descanso e a tranquilidade. Por outro lado, Varna conta com belos jardins e monumentos históricos de diversas épocas.
A visita e a descoberta da cidade pode-se começar pelo Museu da História e Arte, com uma bela coleção de íconos, e ir caminhando em direção à costa, fazendo uma parada na Catedral da Assunção do século XIX, no Teatro Dramático, na Casa da Ópera, no Museu Etnográfico, com uma importante coleção da arte tradicional e folclórica e nas ruinas das Termais Romanas do século II, muito perto da Igreja de São Anastásio do ano 1602. São de interesse, além, o Museu Histórico da Cidade, que exibe como era Varna antes da guerra, as ruinas dos Banhos Romanos, o Aquárium, o Museu Marítimo, muito perto de uma bela praia, o Palácio do Esporte e o Centro de Festivais e Congressos, onde organizam-se diversas atividades culturais, tanto nacionais como internacionais. Entre os mais importantes encontra-se o Concurso Internacional de Balé e o Festival Internacional do Cinema.
Desde Varna pode-se chegar a Zlatni Pyasatsi ou Praia Dourada, o centro turístico mais exclusivo da Bulgária. Os mais de 60 hotéis encontram-se escondidos entre os bosques, muito perto das praias, o que confere-lhe um particular encanto. Este centro oferece todas as facilidades para os esportes náuticos.
CIDADES - MUSEUS
ARBANASI
Situada a só 10 quilômetros de Veliko Tarnovo, Arbanasi, vila fundada pelos albanos, impressiona por suas casas tipo "fortaleza". As mais características são a Casa de Konstantzaliev do século XVII e a Casa Hadzhi Llieba. Entre suas igrejas destaca-se por ser a mais interessante, a Igreja da natividade do século XVII. Seu interior está completamente decorado com afrescos pintados entre os anos 1632 e 1649. As mais de 3.500 figuras descrevem mais de 200 cenas. Outra das igrejas com belos afrescos é a Igreja do Arcanjo.
BOJENTZI
Escondida nas pendentes setentrionais de Stara Planina, Bojentzi é um paraíso para pintores, fotógrafos e para quem desfrutar das paisagens mais belas do mundo. Suas casas, pintadas de branco, destacam sobre o verde fundo dos bosques. Seus tetos, cobertos de loças, são a mais fiel imágem das casas do "estilo montanhoso" de Bulgária.
ETARA
A 9 quilômetros. de Gabrovo encontra-se a Vila-Museu Etnográfico de Etara. Criado no ano de 1965 pelo gabroviano Lazar Donkov, esta pitoresca vila, recria ambientes, construções e cenários dos séculos XVIII e XIX. Na rua principal encontram-se as características casas da época renascentista. Nos andares baixos se localizam os atelieres artesanais, onde os búlgaros continuam utilizando as técnicas daquela época, para os ofícios mais tradicionais: objetos de olaria, belos adornos de prata, artigos de cobre, íconos, caixinhas e talhas de madeira são alguns das lembranças que pode-se adquirir neste lugar.
JERAVNA
Trata-se de outra vila- museu com uma autêntica arquitetura e atmosfera do século passado. Suas impressionantes casas de aleiros e balcões abertos estão adornadas com os típicos tapetes de Kotel, quer dizer, kilims elaborados tradicionalmente pelas mulheres desta vila.
KOPRIVCHITITZA
Uma cidade cujo nome é difícil de lembrar e pronunciar, mas que se torna inesquecível graças a sua pitoresca situação (nas montanhas de Sredna Gora) e suas ricas casas, consideradas as pérolas da arquitetura búlgara do século XIX (por outro lado, não há que esquecer que esta cidade está estreitamente relacionada à história das lutas de liberação do povo búlgaro).
Fundado no século XIV, por homems que fugiam dos conquistadores turcos, a arquitetura de Koprivchititza não alcança a perfeição e a nobreza de Plovdiv, mas o estilo de suas construções marca uma nova etapa no desenvolvimento da arquitetura búlgara renascentista. Aqui o "barroco balcânico" adaptou-se às exigências humildes dos habitantes, que sentem-se orgulhosos por habitar esse desconhecido paraíso. As casas de madeira podem-se classificar em dois tipos: os de princípios do século XIX, caracterizadas por seus sótãos de pedra e as do segundo período do mesmo século, que distinguem-se pela profusa decoração. São imprescindíveis as visitas às casas de Oslekov, Kableshkov, Benkovsi, Debelyanov e Liutov, à Igreja da Assunção e à Escola Cirílica Metodista, a segunda escola primária de Bulgária.
SHIROKA LAKA
Trata-se de uma vila florescente, situada nas pendentes dos Rodopes. Suas casas representam o melhor estilo Rodopes. Típicas destas construções são seus pátios e chaminés. Como lugares de interesse, destacam o Konak de Zgurov do século XIX e a Igreja da Assunção.
MELNIK
A menor cidade da Bulgária está situada aos pés das Pirâmides de Melnik, formações areniscas, nas que a erosão têm criado fantásticas figuras. Da sua brilhante história medieval, hoje não fica quase nada. Porém, aqui encontram-se as ruinas da construção mais antiga da Bulgária, a qual supõe-se era o palácio do governador local Alexis Slav. A Casa de Melnik impressiona por suas enormes adegas, onde o vinho envelhecia durante anos. Recomenda-se a visita à Casa de Kordopulov e à Igreja de São Nicolás.
VELIKO TARNOVO
A capital medieval búlgara é a mais majestosa de todas estas cidades museus. As ruinas medievais encontram-se nas duas colinas de Tzarevetz e Trapezitza e as Igrejas de São Pedro e São Paulo e a de São Demetrio ilustram, de forma muito clara, a arquitetura e a pintura mural eclesiásticas daquele tempo. A reconstruida Igreja Patriarcal, decorada com afrescos ao estilo modernista, domina toda a cidade, tanto a zona medieval, como a zona mais moderna. Uma grande parte dos edifícios públicos e eclesiásticos do século XIX são obra do célebre arquiteto autodidata Nikola Fichev. O Konak, a Casa do Macaco, o Albergue de Hadji Nikoliou a Igreja dos Santos Constantino e Elena, somente algumas de suas obras. Nos meses do verão têm lugar um inacreditável espetáculo de luz e som na Cidadela de Tzarevetz, muito perto da Igreja Patriarcal, aonde recria-se a dramática história de Tarnovo, através dos séculos.
MOSTEIROS BÚLGAROS
Se há alguma coisa que possa definir Bulgária, é talvez a abundância de seus mosteiros. Trata-se de verdadeiras jóias da arquitetura ortodoxa, sem esquecer que tem sido e são, importantes centros espirituais e de mudança. No país existem mais de 120 mosteiros, entre os que destacam os seguintes.
MOSTEIRO DE RILA
O Mosteiro de Rila é o mais antigo, o maior e o mais impatante de todos os mosteiros. A 119 quilômetros ao sul de Sofía, o mosteiro é o melhor exemplo da perfeição arquitetônica da Bulgária. Fundado por Ivan Rilski, no ano 927, ressalta pela variedade de suas formas arquitetônicas e pela beleza de seus afrescos, muitos deles realizados por Zaharii Zograf. Dispõe de três museus que ocupam perto de 300 habitações.
MOSTEIRO DE BACHKOVO
É o segundo mosteiro em importância da Bulgária. Situado nas pendentes dos Rodopes, a 30 quilômetros ao sul de Plovdiv, foi fundado no ano de 1803 pelos irmãos georgianos Bakuriani, altos funcionários da corte do imperador bizantino Alexis I. Entre os bem feitores daquela época, destacam as aportações do rei Ivan Alexander, cujo retrato encontra-se na capela rosário do mosteiro (em restauração). A Igreja principal, a de Nossa Senhora da Assunção é do ano 1604, enquanto que a menor igreja, a Igreja do Arcanjo é do século XII. Destacam, além, o modesto museu e o refeitório do 1601, com preciosos afrescos de alto valor artístico. A terceira igreja no conjunto monástico é a Igreja de São Nicolas, decorada por Zaharii Zograf, no ano de 1840.
MOSTEIRO DE TROYAN
É a terceira em importância no país e, o maior da região da cordilheira balcânica. Encontra-se a 10 quilômetros ao leste da cidade do mesmo nome. Fundado no ano 1600, guarda os afrescos de Zaharii Zograf e o célebre ícono de Nossa Senhora das Três Mãos, provavelmente uma cópia do século XVII.
MOSTEIRO DE ROJEN
Situado nas pendentes de Pirin, a 6 quilômetros da cidade de Melnik, é o melhor exemplo dos mosteiros, em seu estilo. Fundado entre os séculos XII e XIII, conserva na Capela dos Santos Cosme e Damião, o ícono da Virgem Portaitisa, cópia do século XVII do célebre ícono do Bosque Santo.
MONUMENTOS E LUGARES DECLARADOS PELA UNESCO PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE
São nove os chamados "milagres búlgaros", que representam a aportação deste país ao patrimônio arquitetônico-histórico do mundo.
TÚMULO TRÁCIO DE KAZANLAK
Situado na vila de Kazanlak, no Vale das Rosas, o túmulo conta com delicados afrescos do século IV aC, únicos no seu gênero.
TÚMULO TRÁCIO DE SVESHTARI
Da mesma época, conserva belos ornamentos e esculturas.
O GINETE DE MADARA
Madara se encontra, no nordeste da Bulgária, na metade do caminho entre Varna e Ruse. Lá localiza-se o famoso Ginete de Madara, um relevo rupestre triunfal do século VIII-IX, símbolo da vitória dos kanes búlgaros sobre seus inimigos. As inscrições gregas datam dos anos 705 ao 831.
IGREJA DE BOYANA
Encontra-se no monte Vitosha, muito perto de Sofía. Seus afrescos do século XIII são considerados as obras mestras da pintura religiosa daquela época.
IGREJAS RUPESTRES DE IVANOVO
Localizam-se perto da vila do mesmo nome, próximas à cidade de Ruse. No período dos séculos XI ao XIV construiu-se o maior número de mosteiros rupestres da Bulgária. Seus afrescos, únicos no mundo, dão testemunha de uma alta espiritualidade.
NESEBAR
A antiga Mesembria fundada pelos gregos no ano 510 aC., conta com mais de 40 igrejas, muitas delas construidas por nobres bizantinos. Esta pequena vila, levantada sobre uma pequena península rochosa, possui uma beleza incomparável e indescritível. Seus templos medievais de estilo bizantino e suas casas de madeira do século XIX, tem convertido em patrimônio da Humanidade. Localiza-se muito perto de Burgas e de Varna. Sua visita é imprescindível.
MOSTEIRO DE RILA
É o melhor exemplo da perfeição arquitetônica da Bulgária. É o maior e o mais antigo centro religioso e espiritual do país (ver o apartado de Mosteiros).
PARQUE NACIONAL DE PIRIN
Nesta zona crescem pinhos selvagens, destacando de entre todos, o mais velho, o Baikushev, com mais de 1.300 anos de idade. Em Pirin podem ver-se além, espécies da fauna da Bulgária como são urogalos, gatos e cabras montanhesas.
LAGO DE SREBARNA
Trata-se de uma importante reserva natural, perto da cidade de Silistra. Este lago é famoso pela abundância de pelicanos rosados e de outras aves exóticas. Um bom lugar para os amantes da natureza.
OUTROS PONTOS DE TURISMO DA BULGÁRIA
No litoral búlgaro existem outros centros turísticos de importância, destacando Albena, 32 quilômetros. ao norte de Barna, Santos Constantino e Elena a 7 quilômetros. de Varna e a Costa do Sol, a 36 quilômetros. ao norte de Burgas. Distinguem-se também, outros centros de verão, como Rusalka, a 40 quilômetros. ao norte de Albena, Elenite, a 10 quilômetros. da Costa do Sol e As Dunas, 40 quilômetros. ao sul de Burgas.
Para os que preferem temperaturas mais moderadas (nos meses do verão) há que recorrer aos centros da montanha. O mais famoso e popular é o de Borovetz, situado a 1.300 m de altitude na região de Rila (70 quilômetros. de Sofía). O maior de todos os centros é o de Pamporovo (1.600 m de altitude), nas redondezas dos Rodopes, a 84 quilômetros de Plovdiv. Outros dos lugares mais procurados é Bansko, situado em Pirin a 1.700 m de altitude. Por outro lado, o mais próximo a Sofia é o de Shtastlivetza, a 1.800 m de altitude, no monte Vitosha. Todos estes centros estão providos de adequadas infra-estruturas, com todo o necessário para o descanso e a prática de esportes da montanha e da neve.
Finalmente, não há que esquecer que Bulgária é um país rico em fontes de águas termais, ocupando um dos primeiros lugares na Europa. Graças a sua quantidade, à composição química de suas águas e às propriedades terapêuticas das mesmas, Bulgária é um dos destinos mais importantes para quem procura descanso, tranquilidade e saúde. Existem perto de 250 fontes termais, cuja temperatura varia entre os 37 e os 102 graus centígrados. Entre os balneários mais importantes há que assinalar o de Sandanski, o de Kiustendil e o de Hisar, entre outros muitos. Por outro lado, as propriedades curativas do fango são muito bem aproveitadas em Pomorie, Shabla e Balchik.
Gastronomia da Bulgária
Se alguma coisa pode definir a gastronomia búlgara é o seu sabor picante e abundância de fortes condimentos, como o pimenta picante, orégano, perejil, ajedrea, pimienta preta e pimentão vermelho. Estes ingredientes proporcionam aos pratos do país um sabor que se torna, com o tempo, inesquecível.
A diferença de outras cozinhas, como a china ou a francesa, a cozinha búlgara é mais simples e menos variada, mas não por isso menos saborosa. Entre os pratos mais comuns e típicos encontram-se o feijão branco, a couve, as sopas, os pratos de carne de porco ou cordeiro e o famoso iougurte, com fama de ser o responsável da longevidade dos búlgaros. Como é já sabido por todos, o iogurte búlgaro tem conquistado um privilegiado lugar no mundo. Para sua elaboração o leite, seja de vaca, ovelha ou búfalo, se qualha mediante o célebre "lactobacterium bulgaricum", agente que só pode desenvolver-se plenamente nas condições geográficas e climáticas da Bulgária. São numerosos os países (desde Europa Ocidental até o Japão), em posse da licença, para produzir iogurte búlgaro (com regularidade se envia a estes países o agente bulgaricum).
Para começar aconselhamos-lhe que se decante pela Tarator, sopa fria de iogurte batido com água, pepinos picados em dados, molho ou erva-doce, nozes moidas, alho e azeite (assemelha-se de alguma forma ao gazpacho andaluz). Outra das sopas mais populares é a Shkembe Chorba, com tripas de cordeiro ou de porco, temperada com vinagre e alho. Se prefere os salgados, nada melhor que a Shopska Salata, a mais famosa da Bulgária, preparada com tomate, pepino, pimentão assado e delicioso queijo branco ralado. Outra alternativa é a Kiopolu, "caviar" vegetariano de berinjelas, pimentões e tomates.
Para continuar, e como segundo prato, nada melhor que a Kebapcheta, almôndegas alongadas de carne de vaca e porco muito temperadas e feitas à parrilha. Para os paladares mais exigentes, o mais recomendável é a Musaka, que diferencia-a da grega, que contém berinjelas, a búlgara faz-se de batata-doce e carne moida. À tudo isso acrescenta-se por cima uma mistura de iogurte, farinha e ovos. Ou se preferir, recomendamos o Guiuvech, carne de vaca ou porco, tomates, pimentões e ervilhas cozinhadas no forno, dentro de uma vasilha de barro. O Shishcheta, Kavarma, consiste em carne de vaca ou porco com muita cebola. No relativo a queijos, existem duas qualidades: o branco ou sirene e o amarelo kashkaval.
Para finalizar, nada melhor que uma boa sobremesa. Em geral, são de sabor e aspecto oriental, quer dizer, preparados em xarope e muito doces, como o Baklavaou o Kadaif. O Banitza é um pastel de folhado recheado de queijo.
Bebidas
Os aperitivos búlgaros mais populares são o Slivova (cachaça de pêssego), Grozdova (cachaça de uva), Kaisieva (de damasco) e o Mastika (anis). No relativo aos vinhos, gozam de muito boa fama, além de estar presentes no mercado internacional junto os vinhos franceses e espanhóis. Não há que esquecer que a produção de vinhos no país remonta-se à época dos trácios (século IX). Entre os tintos destacam o Cabernet, Gamza, Mavrud, Melnik, Merlot, Otel, Pamid e Trakia; e em brancos encontrará o Chardonnay, Misket, Dimiat, Galatea, Euksinovgrad, Riesling e Tamyanka. No relativo às cervejas as mais reconhecidas são a Sagorka (de Stara Zagora), a Astika (de Haskovo) e a Shumensko pivo (de Shumen). Para finalizar há que dizer que a aguardente e o licor de rosa são as bebidas búlgaras por excelência. A boza é uma bebida balcânica de milho fermentado. E como dizem os búlgaros: Nazdrave!, que quer dizer, Saude!.
Compras na Bulgária
São numerosos os lugares onde pode-se comprar lembranças, seja nas lojas especializadas, nos grandes armazéns ou nos inumeráveis barracos ao ar livre. A maioria dos artigos tem preços fixos, mas nos barracos sempre é bom pechinchar, embora que o desconto seja mínimo.
Abundam os objetos de madeira, instrumentos musicais, jogos de cobre e olaria para licores e vinho, mantas multicoloridos e bordados a mão, jóias de prata a preços muito de vantagem, artigos de pele, uma infinidade de bonecas em trajes nacionais e íconos pintados, que pode-se adquirir na cripta da Catedral Alexandre Nevski, no Mosteiro de Rila, em Plovdiv e em alguns outros pontos turísticos.
As lojas de antiguidades não oferecem muitas coisas, mas rebuscando pode-se encontrar artigos e peças de certo interesse. Por outro lado, fitas e compac disc, especialmente os de música clássica, música folclórica e religiosa, estão a muito bom preço e sua qualidade não deixa nada que desejar. Se gosta da arte, aproveite e compre alguns dos belos livros sobre pintura ou escultura, geralmente escritos em inglês e em francês.
Finalmente, não esqueça deixar vaga na mala para levar algumas garrafas do bom vinho búlgaro, aguardentes de frutas e licor de rosas, assim como, temperos que com segurança irão faze-lo reviver o sabor e os aromas da mesa búlgara. Não deixe de adquirir a lembrança mais típica da Bulgária, quer dizer, uma garrafa de essência de rosas.
População e Costumes
Os búlgaros são os únicos seres no mundo, que negam com a cabeça para dizer sim (da) e afirmam para expressar negação (ne).
Segundo os dados do últimos censo de 1994 a população é de 8.487.000, dos que 67 % vivem nas cidades. A densidade de habitantes por quilômetro quadrado é de 76.2.
Desde um ponto de vista etnográfico, a população búlgara é bastante homogênea: 86 % de seus habitantes partilham as mesmas orígens e constituem o núcleo da nacionalidade búlgara. Os turcos representam a minoria mais importante do país, sendo perto de 10 %, seguido dos ciganos com 3.2 %.
A maioria dos búlgaros é cristã ortodoxa, enquanto que os mulçumanos representam o 12.7 % da população, incluindo não só à minoria turca mas também, uma parte dos ciganos e os pomaks (descendentes dos búlgaros, que adotaram o Islã no século XVII). Os pomaks falam búlgaro e respeitam as tradições búlgaras, mas professam a religião mulçumana. No relativo aos católicos, calcula-se seu múmero em cinquenta mil pessoas.
Os marcos físicos dos búlgaros são muito variados. Há ruivos e morenos, de olhos azuis e marrons, baixos e altos, mas todos eles têm em comum, falar a língua búlgara, idioma de orígem eslava. Por seu folclore e tradições, os búlgaros são incluidos no grupo balcânico.
Existe uma certa diferença no relativo ao caráter e a mentalidade dos búlgaros, de acordo à região que habita cada um. Por exemplo, os habitantes de Sofia (chamados shopi), são famosos por sua obstinação e teimosia, enquanto que os macedônios caraterizam-se por sua fogosidade e vivacidade. Em troca, os gabrovianos são conhecidos pela sua proverbial avareza (sem lugar a dúvidas exagerada).
Os búlgaros reunem todas marcas típicas dos povos que têm sofrido no decorrrer de sua história: discreção, laboriosidade, hospitalidade, amabilidade e disponibilidade são tão só alguns dos gestos, que caraterizam os búlgaros. Além disso, o respeito e as relações amistosas, são a nota predominante. O profundo senso do humor, junto à curiosidade e os desejos por apreender coisas novas são marcas, que definem bem os habitantes deste precioso país. Para eles, a sociedade, as comidas com os amigos e o bom vinho são valores muito altos. Embora suas idéias européias, os búlgaros conservam marcas orientais, sem esquecer as influências mediterrâneas, que percebe-se, sobretudo. nas mulheres de idade, na cor preta de suas roupas.
Entre os costumes mais interessantes encontra-se as Martenitzi (símbolo da saúde, da fertilidade e do amor). Trata-se de uma tradição muito antiga, da época pagã, respeitada vivamente pelas crianças e pelos maiores de idade. O dia um de março todos os búlgaros vão decorados com as martenitzi e as conservam até a chegada da primeira cegonha, então penduram-se nas árvores para realizar os seus desejos. Por outro lado, com os Surva, Surovachka (ramos de sanguinho (árvore) de forma tradicional, decorados com laços multicoloridos, pombinhas de milho e frutas secas), as crianças "batem" em seus pais, avós e amigos para desejar-lhes saúde e sorte. Estes dois costumes mostram-nos que os búlgaros são, em definitiva, gente de boas intenções.
Entretenimento e Festividades da Bulgária
ENTRETENIMENTO
Na Bulgária as possibilidades de entretenimento são inumeráveis. Nos diversos centros turísticos do Mar Negro pode-se praticar, além do descanso nas praias, surf, windsurf, vôo em paraquedas ou então, tênis ou esportes hípicos, nos diferentes complexos esportivos. Outra boa alternativa é a prática do submarinismo. Entre os lugares mais reconhecidos encontra-se Slanchev Bryag, perto de Sozopol, o mais importante centro hoteleiro do país, o qual extende-se por mais de seis quilômetros. A cidade de Varna, constitue outro dos centros de verão mais procurados. Graças as belas praias, parques, museus, lugares históricos, teatros e restaurantes, Varna tem-se convertido em um dos destinos estrelas do país.
Para os amantes das atividades do inverno, Bulgária oferece um bom número de estações de esqui. A temporada extende-se de dezembro a finais de abril, princípios de março. Entre os centros mais acessíveis encontra-se o de Vitosha, ao sudeste da capital (aqui costuma-se celebrar competições internacionais de slalom). Porém, a estação maior da Bulgária é a de Borovets, 70 quilômetros ao sul de Sofía, nos cumes mais altos dos Balcãs. Conta com mais de 19 quilômetros de pistas, especialmente, para esquiadores avançados e profissionais. Para os menos experimentados o melhor é a estação de Pamporovo (80 quilômetros ao sul de Plovdiv), que conta com diversas pistas para todos os níveis.
Para os amantes das montanhas, escaladas e excursões, Bulgária conta com uma boa gama de possibilidades. O pico mais alto é o Musala (2.925 m) no maciço de Rila, entre os Alpes e os Caucasos. O Pico Vihren (2.915 m) é outra das possibilidades, que pode chegar-se desde Bansko. No relativo ao cume mais alto da Stara Planina é o Monte Botev (2.376 m), ao que pode-se chegar por Troyam e Apriltsi. Para aqueles que apreciam as excursões mais sossegadas, nada melhor que chegar às regiões de Koprivshtitsa, Madara, Rila e Veliko Tarnovo.
Por outro lado, Bulgária oferece excelentes espaços para os amantes da caça e a pesca. Para uma informação mais detalhada o mais aconselhável é dirigir-se aos escritórios de Balkantourist.
No relativo às atividades culturais (além dos museus), as principais cidades, centro de distrito, contam com teatros, orquestras e bandas musicais. Geralmente, as funções começam às 19 horas. No relativo aos cinemas, há que dizer que os filmes projetam-se em versão original, subtituladas em búlgaro.
E quando a noite chega, nada melhor que recorrer às populares tabernas (mejana), que oferecem boa comida búlgara a preços de vantagem. Algumas costuman contar com música e danças folclóricas. As discotecas, com um ambiente muito animado, os cassinos e os bares são outra boa possibilidade para descobrir e encontrar-se com a noite búlgara. Costumam abrir entre às 23 ou às 24 horas e, normalmente, pelo preço da entrada inclue uma bebida.
FESTIVIDADES
O calendário búlgaro ortodoxo é rico em festas. Nele coincidem ritos e festividades de origem pagã, com as festas ortodoxas mais tradicionais. O maior número de dias festivos concentram-se nos meses do inverno.
O ano começa com a Koleda, o Ano Novo Búlgaro, momento que as crianças "batem" em seus pais, avós e amigos com o sanguinho para deseja-los saúde (ver o apartado de costumes).
À princípios do mês de fevereiro, o dia 14 tem lugar a Trifon Zarezan, quer dizer, a Festa do Viticultor, uma celebração que evoca o culto a Dionísio, deus do vinho e da alegria.
Os Kukeri, Jogos de Carnaval, celebram-se cinquenta dias antes do Dia de Páscoa. Simbolizam a luta entre o bem e o mal. São um verdadeiro espetáculo, no que participam tão só homens disfarçados com peles, máscaras e sininhos. Se estiver em Bulgária nesses dias, não deixe de assistir algum destes impressionantes carnavais.
Uma semana antes da Páscoa, tem lugar a Lazarita, a Festa das Jovens Solteiras, de origen eslavo que simboliza a primavera e o amor. Depois desta festividade celebra-se a Páscoa da Ressurreição, a festa religiosa mais importante da Bulgária.
O Festival de Música de Março realiza-se em Ruse, precedido pela semana Internacional de Música Contemporânea em Sofía.
O Dia de São Jorge, protetor dos pastores e rebanhos de animais, coincide com o Dia do Exército. Em Sofia organiza-se um vistoso desfile militar, enquanto que em todas as casas do país se come, quase obrigatoriamente, cordeiro.
O dia 21 de Maio é o Dia dos Santos Constantino e Helena. Em algumas vilas da montanha de Strandja acendem-se grandes fogueiras, que se mantém até a madrugada. As mulheres mestinarki realizam a "dança da braza" com os o íconos dos santos nas maõs. Trata-se de um rito de origem pagã de muito interesse.
A Festa da Rosa organiza-se durante a primeira semana do mês de junho. Organizam-se várias atividades, que começam na madrugada com a colheita da rosa, quando toda a natureza e o ambiente se vê inundado deste embriagante aroma. Depois visita-se alguma destilaria e já pela noite, em uma grande festa do movimentado baile, escolhe-se "Miss Rosa".
Por outro lado, na vila de Gabrovo celebra-se a Festa do Humor e da Sátira. Um dia no que as brincadeiras são a nota predominante.
No relativo às festas oficiais são as seguintes: 1 de Janeiro (Ano Novo), 3 de Março (Festa Nacional, comemorando a liberação da Bulgária do jogo turco do ano 1878), 1 de Maio (Dia do Trabalho), 24 de Maio (Festa da Cultura Eslava e Dia do Alfabeto Cirílico), o Dia de Páscoa e o Dia do Natal. Esclarecemos que o Dia da Páscoa ortodoxa não coincide com a Páscoa Católica.
Transportes da Bulgária
Avião
Balkan, Linhas Aéreas Búlgaras, têm vôos a Sofia desde diversas cidades da Europa, Ásia e América. Por outro lado, Balkam têm vôos diários às cidades de Varna e Burgas. O aeroporto Internacional de Vrazdebna encontra-se a 12 quilômetros ao leste de Sofía. Além dos táxis para chegar ao centro da cidade, existem duas linhas de ônibus urbanos (Nº. 84 e 284).
Trem
A empresa nacional de trens Balgarski Darzhavni Zheleznitsi (BDZ) conta com mais de quatro mil quilômetros de vias. Os trens classificam-se em "expressos" (ekspresen), "rápidos" (brzi) e "devagar" (putnichki). Nos trajetos entre Sofia e Burgasou Varna, pode-se viajar em beliches ou camas. É conveniente fazer as reservas com antecipação e verificar os horários, sobretudo, se pensa fazer conexões. Por outro lado, durante os trajetos é aconselhável prestar atenção às estações já que, embora estejam sinalizadas em caráteres búlgaros e latinos, os letreiros costumam estar mal situados.
Ônibus
Os ônibus da Bulgária ligam diversas cidades do país, especialmente aquelas às que não chega o trem (por exemplo de Sofia ao Mosteiro de Rila, de Pleven a Troyam e desta última a Plovdiv). Se pensa utilizar este serviço, é o único meio de transporte para chegar a nosso destino, é recomendável apresentar-se na estação de ônibus (ou na parada indicada) com anticipação à saída, já que vende-se o número só de assentos disponíveis. Em alguns casos, quando trata-se de um ponto intermediário, há que esperar, que ônibus chegue para que o motorista indique o número de assentos que tem disponíveis.
Nos últimos tempos tem-se criado novas companhias de ônibus de longas distâncias, em clara competência com os trens, especialmente desde Sofia para os centros turísticos do Mar Negro. Alguns costumam circular pelas noites.
Carro
Bulgária conta com uma boa rede de estradas em bom estado e, embora que alguns caminhos pode-se encontrar em más condições, pode-se chegar a quase todos os lugares. É aconselhável dirigir com precaução e estar atentos aos sinais do trânsito, já que a maioria estão escritos em búlgaro. O limite de velocidade nas zonas urbanas é de 40 a 60 quilômetros. por hora, 80 quilômetros. nas estradas e 120 quilômetros/hora nas autovias. O número de telefone de assistência em estradas é o 146.
Em Sofía, Plovdiv e Varna encontrará escritórios de aluguel de veículos como Avis, Rent Car, Budget, Hertz e Europcar. Pode-se alugar carros com ou sem motorista, por quilômetros percorridos ou bem, por quilometragem ilimitada. Para alugar um veículo é necessário ter ao menos 21 anos de idade, apresentar o Passaporte e deixar um depósito equivalente ao custo do aluguel. Não precisa da licença internacional para dirigir.
No relativo às estações de serviço não são muito numerosas pelo que é recomendável viajar sempre com o tanque cheio. Nas principais estradas, as estações costumam encontrar-se a cada 30 quilômetros.
Transporte Público
Em Sofia e nas principais cidades circulam tranvias, ônibus e troleibus com um preço único por trajeto sem depender da distância. Geralmente, começam funcionar às 4.00 da manhã até à 01.00 hora A maioria das linhas se anunciam com números, que torna necessário perguntar previamente, sobre o percurso. As passagens devem adquirir-se com antecipação nos despachos especiais e se validam no momento de abordar. Se pensa permanecer alguns dias em Sofía, é recomendável fazer um bono especial, válido para cinco dias.
Táxis
Existem numerosos táxis em Bulgária, todos providos com taxímetros. Porém, alguns não funcionam, pelo que é recomendável aceitar o preço e pechinchar antes de iniciar o trajeto.
Bulgária
Ano de adesão à União Europeia: 2007
Sistema político: República
Capital: Sófia
Superfície: 111 000 km²
População: 7.7 milhões de habitantes
Moeda: lev
Ouça a(s) língua(s) oficial(is) da UE falada(s) no país: Búlgaro
Ano de adesão à União Europeia: 2007
Sistema político: República
Capital: Sófia
Superfície: 111 000 km²
População: 7.7 milhões de habitantes
Moeda: lev
Língua oficial da UE falada no país: Búlgaro
Situada no coração dos Balcãs, a Bulgária possui uma grande diversidade de paisagens, predominando, a norte, as vastas planícies das margens do Danúbio e, a sul, as montanhas e planaltos. A leste, a costa do Mar Negro atrai turistas durante o ano inteiro.
Fundada em 681, a Bulgária é um dos mais antigos Estados da Europa, sendo a sua história marcada pela sua situação geográfica na confluência da Europa com a Ásia. Cerca de 85% da população é constituída por cristãos ortodoxos e 13% por muçulmanos. A população de origem turca representa 10% e a de origem romanichel 3%. De igual modo, a cozinha tradicional búlgara é uma mistura de influências do ocidente e do oriente. Os pratos típicos são à base de iogurte que, segundo a crença popular, assegura longevidade a quem o consume regularmente.
A Assembleia Nacional da Bulgária (parlamento unicamaral) é composta por 240 membros eleitos por um mandato de quatro anos.
As principais exportações da Bulgária são constituídas por produtos industriais leves, produtos alimentares e vinhos, competindo com êxito nos mercados europeus.
A Bulgária é conhecida pela sua música popular, tendo mesmo sido gravada uma canção pela Voyager Golden Record que foi depois enviada para o espaço pela NASA. Entre os búlgaros mais célebres destacam-se a filósofa Julia Kristeva, Elias Canetti, Prémio Nobel da Literatura, em 1981, e o escultor Christo Javachev ("Christo") o criador de muitas esculturas de exterior pouco ortodoxas.
Fonte: europa.eu
Bulgária
Nome Oficial: República da Bulgária
Capital da Bulgária: Sófia
Área: 110,910 km² (102º maior)
População: 7,707 milhões (2000)
Idiomas Oficiais: Búlgaro
Moeda: Lev
Nacionalidade: Búlgara
Principal Cidade: Sófia
Fonte: www.webbusca.com.br
Bulgária
Nome oficial: República da Bulgária (Republika Bàlgarija).
Nacionalidade: búlgara.
Data nacional: 3 de março (Independência).
Capital: Sófia.
Cidades principais: Sófia (1.116.823), Plovdiv (344.326), Varna (301.421), Burgas (199.470), Ruse (168.051) (1996).
Idioma: búlgaro (oficial), turco, macedônio.
Religião: cristianismo 85,7% (ortodoxos), islamismo 13,1% (sunitas 12,1%, xiitas 1%), outras 1,2% (1992).
Geografia da Bulgária
Localização: sudeste da Europa.
Hora local: +5h.
Área: 110.994 km2.
Clima: temperado continental.
Área de floresta: 32 mil km2 (1995).
População da Bulgária
Total: 8,2 milhões (2000), sendo búlgaros 85%, turcos 9%, ciganos 3%, macedônios 3% (1996).
Densidade: 73,88 hab./km2.
População urbana: 69% (1998).
População rural: 31% (1998).
Crescimento demográfico: - 0,7% ao ano (1995-2000).
Fecundidade: 1,23 filho por mulher (1995-2000).
Expectativa de vida M/F: 68/75 anos (1995-2000).
Mortalidade infantil: 17 por mil nascimentos (1995-2000).
Analfabetismo: 1,5% (2000).
IDH (0-1): 0,772 (1998).
Política da Bulgária
Forma de governo: República parlamentarista.
Divisão administrativa: 9 regiões subdivididas em municipalidades.
Principais partidos: União das Forças Democráticas (SDS), Socialista Búlgaro (BSP), Movimento pelos Direitos e as Liberdades (DPS).
Legislativo: unicameral - Assembléia Nacional, com 240 membros eleitos por voto direto para mandato de 4 anos.
Constituição em vigor: 1991.
Economia da Bulgária
Moeda: lev novo.
PIB: US$ 12,3 bilhões (1998).
PIB agropecuária: 19% (1998).
PIB indústria: 26% (1998).
PIB serviços: 55% (1998).
Crescimento do PIB: -3,1% ao ano (1990-1998).
Renda per capita: US$ 1.220 (1998).
Força de trabalho: 4 milhões (1998).
Agricultura: trigo, milho, cevada, semente de girassol, uva, batata, tabaco.
Pecuária: suínos, ovinos, caprinos, aves.
Pesca: 16,7 mil t (1997).
Mineração: carvão , minério de ferro, minério de cobre, minério de manganês, chumbo, zinco.
Indústria: petroquímica, alimentícia, metalúrgica, química, bebidas, tabaco.
Exportações: US$ 4,3 bilhões (1998).
Importações: US$ 5 bilhões (1998).
Principais parceiros comerciais: Federação Russa, Alemanha, Itália, Grécia.
Defesa da Bulgária
Efetivo total: 101,5 mil (1998).
Gastos: US$ 390 milhões (1998).
Fonte: www.portalbrasil.net
Bulgária
Capital: Sofia
Língua: Búlgaro
Religião: Cristianismo
Moeda: Lev novo
Gentílico: Búlgaro
Mapa Bulgária
País localizado na Europa, nos Bálcãs, banhado pelo Mar Negro. Ferdinando de Saxe-Coburgo-Gotha,em 1908, declarou a independência total da Bulgária. Os anos 20 foram marcados por revoltas e instabilidades políticas na Bulgária. Em 1935, o rei torna-se ditador.A resistência búlgara aos nazistas foi crescendo.
Em 1946, um plebiscito opta por transformar a Bulgária em República comunista.Com a queda do Muro de Berlim e o colapso do mundo comunista, a Bulgária promoveu eleições que decidiram por um governo de coalizão de forças. O país entrou na economia de mercado e é atualmente governado pelo presidente Georgi Parvanov
Detalhes do mapa - clicar no mapa
Situada no coração dos Balcãs, a Bulgária possui uma grande diversidade de paisagens, predominando, a norte, as vastas planícies das margens do Danúbio e, a sul, as montanhas e planaltos. A leste, a costa do Mar Negro atrai turistas durante o ano inteiro.
Fundada em 681, a Bulgária é um dos mais antigos Estados da Europa, sendo a sua história marcada pela sua situação geográfica na confluência da Europa com a Ásia. Cerca de 85% da população é constituída por cristãos ortodoxos e 13% por muçulmanos. A população de origem turca representa 10% e a de origem romanichel 3%. De igual modo, a cozinha tradicional búlgara é uma mistura de influências do ocidente e do oriente. Os pratos típicos são à base de iogurte que, segundo a crença popular, assegura longevidade a quem o consome regularmente.
A Assembleia Nacional da Bulgária (parlamento unicamaral) é composta por 240 membros eleitos por um mandato de quatro anos.
As principais exportações da Bulgária são constituídas por produtos industriais leves, produtos alimentares e vinhos, competindo com êxito nos mercados europeus.
A Bulgária é conhecida pela sua música popular, tendo mesmo sido gravada uma canção pela Voyager Golden Record que foi depois enviada para o espaço pela NASA. Entre os búlgaros mais célebres destacam-se a filósofa Julia Kristeva, Elias Canetti, Prémio Nobel da Literatura, em 1981, e o escultor Christo Javachev (“Christo”) o criador de muitas esculturas de exterior pouco ortodoxas.
Bulgária é composta pelas regiões clássicas da Trácia, Moésia e Macedónia. O sudoeste do país é montanhoso e contém o ponto mais elevado da península Balcânica, o Musala, com 2 925 m. A cordilheira dos Balcãs atravessa o centro do país de leste a oeste, a norte do famoso vale das Rosas. Há regiões de planície e colinas a sudeste, ao longo da costa do mar Negro e nas margens do rio principal da Bulgária, o Danúbio, a norte. Outros rios importantes são o Struma e o Marica, no sul do país.
O clima búlgaro é temperado, com invernos frios e húmidos e verões mediterrânicos, quentes e secos.
A península Balcânica recebe o seu nome da cordilheira dos Balcãs, conhecida em búlgaro como Stara Planina, que percorre o centro da Bulgária e chega até ao leste da Sérvia.
Demografia
Lembrando do censo de 2001,[5] A população da Bulgária é principalmente constituída por búlgaros (83.9%), com duas minorias, turcos (9.4%) e ciganos (4.7%). Dos restantes 2.0%, 0.9% são constituídos por 40 minorias, nos quais se destacam russos, armênios, valacos, judeus, tártaros e sarakatsanios (historicamente conhecidos também como caracachanos). 1.1% da população não declarou sua etnia no último censo de 2001.
96,3% da população fala búlgaro como sua língua materna. O búlgaro, faz parte do grupo de idiomas eslavos, e único idioma oficial, mas o número de falantes de outros idiomas (como o turco e romani) corresponde somente aos de origem não-búlgara.
O país tem um número de ciganos estimado entre 200.000 e 450.000.[6]
A maioria dos búlgaros (82.6%) pertencem, pelo menos nominalmente, à Igreja Ortodoxa Búlgara. Outras denominações religiosas incluem o Islão (12,2%), várias denominações protestantes (0,8%) e o Catolicismo Romano (0.5%); com outras religiões, ateus e pessoas que não se declararam está o percentual de 4,1.
Nos anos recentes, a Bulgária teve uma das menores taxas de crescimento populacional.O crescimento negativo de população ocorreu desde os anos 1990,[7] por causa do colapso econômico e as altas taxas de migração. Em 1989 a população era de 9.009.018 pessoas, em 2001 7.950.000 e em 2008 7.640.000.[8] Atualmente, a Bulgária passa por uma severa crise demográfica. A Bulgária tem uma taxa de fertilidade de 1,4 crianças por mulher em 2007, com uma taxa predita de 1,7 pelo fim de 2050. A taxa de fertilidade tem de alcançar a marca de 2,2 crianças por mulher para restaurar a taxa de crescimento populacional.
Religião
De acordo com os censos de 2001 a maioria da população da Bulgária é seguidora do Cristianismo com cerca de 84% dos búlgaros a identificar-se com esta religião. A Igreja Ortodoxa é seguida por 82,6% da população, cerca 12% são muçulmanos, 1,2% seguem outras denominações cristãs e 4% seguem outras religião.
Bulgaria — Bulgarie — Bulgarien — Republika Bàlgarija
Capital: Sofia.
Religião: Cristianismo 85,7% (ortodoxos), Islamismo 13,1% (sunitas 12,1%, xiitas 1%), outras 1,2% (1992).
Localização: sudeste da Europa.
Características: território cortado pela cadeia montanhosa dos Bálcãs; planície do rio Danúbio (N); bacia do rio Maritsa (S); maciço Rila-Ródope (SO).
Cidades Principais: Plovdiv, Varna, Burgas, Ruse.
Patrimônios da humanidade: Igreja Boyana, em Sofia; Cavaleiro de Madara; Tumba Trácia de Kazanlak e de Sveshtari; Igrejas Rupestres de Ivanovo; Cidade Antiga de Nessebar; Reserva Natural de Srebarna; Monastério de Rila; Parque Nacional Pirin.
Divisão administrativa: 9 regiões subdivididas em municipalidades.
Moeda (numismática): leão novo (Bulgaria Leva ou Lev); leva srebro... Código internacional ISO 4217: BGN, antes BGL. Os búlgaros a fim de mostrar bem a força de sua moeda deram-lhe o nome de "lev", que significa "leão" na sua língua. "Stotinki" (para moedas) deriva da palavra eslava "sto" - a "hundred" - que significa "hundredth"... assim como na Eslovênia...
Dos antigos países socialistas da Europa, a Bulgária é o mais ligado à Federação Russa, com quem partilha o alfabeto cirílico e a principal religião, cristã ortodoxa.
Caracteriza-se pelas ricas terras no vale do rio Danúbio, pelas praias com potencial turístico no mar Negro e pela cadeia montanhosa nos Bálcãs.
Um dos países menos povoados do Leste Europeu, abriga importante minoria turca, que vem ampliando sua influência política.
A economia, que em 1996 já se vinha deteriorando, sofre outra crise no início de 1997, com nova desvalorização da moeda e aumento da inflação.
História da Bulgária
A Bulgária tem como marco o século VII, quando invasores de origem turco-tártara se misturam aos nativos eslavos adotando sua cultura.
No ano de 852 de nossa era, Bóris é o primeiro rei cristão da Bulgária. Em 864, o czar Bóris se converte ao cristianismo.
Abaixo, o primeiro selo comemorativo do país, emitido em 1896 ( Scott: 43, SG: 78), com valor facial de 1 Stotinki (verde), ele celebra o Batismo do Príncipe Bóris.
O país converte-se ao cristianismo no século IX e ergue um Império entre os séculos X e XII. Em 1395 é anexado ao Império Turco-Otomano.
Depois de 500 anos é libertado da Turquia pelo Exército russo em 1878 e adquire independência em 1908, quando Ferdinando de Saxe-Coburgo-Gotha é proclamado rei.
Guerras mundiais
O país luta ao lado da Alemanha na I Guerra Mundial. Derrotado, perde territórios para Romênia, Iugoslávia e Grécia. O rei Ferdinando abdica em favor do filho, que assume em 1918 como Boris III.
Em 1919, Alexander Stamboliski, líder do Partido Agrário, é eleito primeiro-ministro e começa a redistribuição de terras, mas é assassinado em 1923, num golpe de Estado apoiado por Boris III.
Em 1935 é estabelecida uma ditadura militar monárquica. Na II Guerra Mundial, a Bulgária inicialmente se declara neutra, mas em 1941 alia-se à Alemanha nazista. Tropas soviéticas entram no país em 1944 e o governo é derrubado pela resistência antinazista...
Abaixo, uma linda série de selos sobre selos, emitida em 1939 (Scott: E1/E5. SG: E429/E433), alusiva a 3 formas existentes para entrega expressa de correspondências postais (Express Delivery), durante o período da Segunda Guerra Mundial...
Fonte: www.sergiosakall.com.br
Bulgária
A Bulgária é um pequeno país (110,994 km2) localizado na Europa do Leste, nas Montanhas das Balcãs, com o Mar Negro fazendo-lhe fronteira a leste. O povo búlgaro goza de uma maravilhosa natureza e clima continental. As cidades mais importantes são Plovdiv, Varna, Burgas e Sofia, a capital. Fundada no ano de 681, a Bulgária serviu como a maior participante na vida política das Balcãs durante sete séculos. Então, o Império Otomano governou a Bulgária por quase 500 anos. Em 1908, a Bulgária proclamou a sua independência.
Após as Guerras Mundiais, a antiga URSS influenciou a política na Bulgária até o final dos anos 80. Finalmente, a Assembleia Nacional ratificou uma constituição democrática em 1991. Este foi o primeiro passo para a Bulgária ter acesso a países do outro lado da Cortina de Ferro. A Bulgária planeja juntar-se à União Europeia em 2007. De acordo com os números estatísticos de 2002, 7.6 milhões de pessoas consideram a Bulgária sua casa. Os búlgaros são muitos tolerantes quanto à nacionalidade, religião e raça de outros indivíduous.
Em muitas aldeias e vilas, cristãos, muçulmanos e judeus vivem lado a lado, em paz e harmonia. Por exemplo, o centro de Sofia tem uma mesquita, uma sinagoga, uma igreja ortodoxa e outra católica. Enquanto que o estatuto econômico dos seus residents pode ser baixo, os búlgaros são naturalmente amistosos e talentosos. Adicionalmente, como em todos os outros países, a Bulgária enfrenta alguns problemas econômicos, políticos e criminais. Um desses problemas são os cuidados de saúde e o reconhecimento da FC como uma doença.
"…170 pacientes com FC registados …"
Há 170 pacientes com FC registados na Bulgária, com apenas 30 desses com mais de 18 anos de idade. A faixa etária dos pacientes vai dos 2 meses aos 35 anos. A espectativa média para pessoas com FC na Bulgária é de cerca de 15 anos.
A clínica de FC búlgara
Em junho de 1990 um grupo de médicos, pais e pacientes reuniram-se e fundaram a Associação de FC búlgara. Hoje em dia, as universidades de medicina em Sofia, Pleven, Plovdiv e Varna fornecem salas de consulta especializadas e tratamento de acompanhamento a pacientes de FC. Assim, pacientes de FC que necessitem de cuidados de hospitalização procuram tratamento num dos quatro hospitais universitários. No entanto, enquanto que mais de metade dos pacientes são tratados em Sofia, é-lhes designado um centro de cuidados universitário mais perto de suas casas.
Tratamento Médico na Bulgária
Infelizmente a FC ainda não está registada como doença na Bulgária e não faz parte do instituto nacional de Segurança de Saúde, para efeitos de reembolso de medicação. A falta de apoio governamental cria obstáculos finanaceiros desafiadores nas famílias dos pacientes. A Associação de FC búlgara fez lobby por enzimas sem encargos (Panzytrat® or Creon®) para os pacientes. No entanto os pacientes são obrigados a pagar na totalidade todos os outros medicamentos administrados durante o plano de tratamento ambulatório.
"… frustrado pela falta de alguns medicamentos…"
As equipas médicas estão bem fundamentadas nos esquemas terapeuticos praticados nos centros europeus de FC, mas a sua aplicação é frustrada pela falta de alguns medicamentos - tais como antibióticos intravenosos e inaláveis. De fato, não existem, de momento, quaisquer antibióticos inaláveis na Bulgária. Infelizmente, o baixo estatuto social da maioria das famílias com FC, impede os pacientes com as medicações de alto custo disponíveis, tais como - broncodilatadores inaláveis, mucoliticos, drogas de proteção hepática, plivitaminas e complexos multivitamínicos.
"…Existem mais de 30 tipo de mutações nos pacientes identificados …"
A Associação de FC trabalha numa colaboração estreita com o laboratório de patologia molecular na Universidade Médica de Sofia, onde mais de 85% dos pacientes tiveram análises de DNA. Uma outra centena de famílias usaram o diagnóstico pré-natal. Os recursos para tais testes foram disponibilizados pelo programa nacional para as anomalias congenitas e profilaxias de doenças hereditárias. Há mais de 30 tipos de mutações identificadas em pacientes, com algumas destas descritas pelas primeira vez na Europa. Cem por cento dos nossos pacientes com FC da população cigana têm a mutação F508. A frequência dos heterozigotos é 1:33 e a dos pacientes com FC é 1:3600
A Associação de FC búlgara
A Associação de FC recebe apoio dos escritórios representativos da Hoffmann-La Roche, Abbot e Solvey-Pharma da Bulgária. A Associação reconhece e aprecia a sua assitência para organizar e liderar uma conferência regional prática e científica com pediatras e clínicos gerais. Coma a ajuda da Solvey-Pharma, o Guia Prático para o diagnóstico, tratamento e pacientes de FC, foi impresso em 1997. Mais, um "Guia de Quem é Quem", foi traduzido e publicado. Desde 2003, uma newsletter periódica "Melhor Vida com FC" que disponibiliza informações importantes acerca de tratamentos, medicamentos, terapias e encorajamento, é publicada com fundos de caridade conseguidos pelos editores (contato Maia Hristozova - Maja.Hristozova@Lycos.com). A newsletter é distribuída de forma gratuita por todas as famílias com FC no País.
Atualmente a Associação de FC búlgara trabalha de modo ativo para a resolução de alguns problemas de maior importância:
1. Assegurar terapia 100% livre de encargos para pacientes com FC em condições ambulatórias
2. Disponibilizar nutrição adequada, especialmente para as crianças
3. Instrução dos médicos, pais e pacientes para a prática diária de quinésioterapia
4. Promoção e preparação dos pacientes para a sua adaptação professional e social
5. Informação sesonal aos médicos, pacientes e pais acerca das mais recentes terapias
O presidente da Associação é o professor asistente Ivo Kremensky (kremens@ns.medfac.acad.bg), a vice-presidente é Dra. Annie Kufardjieva, e a secretária é a professora assistente Ivanka Galeva (igaleva@iterra.com). A Associação FC búlgara agradece conselhos, sugestões e assitência de outras associações num esforço para satisfazer os objectivos da organização.
Alguns factos curiosos acerca da Bulgária:
Os búlgaros abanam a cabeça para cima e para baixo para dizer não, e de um lado para o outro para dizer sim, em contraste com todos os outros países.
A música enviada para o espaço com a Voyager era uma canção tradicional búlgara.
O pai do computador, que mudou o mundo, John Atanassov é de origem búlgara
Não há bandeira da Bulgária porque foi capturada em batalha na mais recente história Búlgara. Na Bulgária temos uma bandeira que é dada com a medalha de honra.
- A Bulgária foi forçada pelo seu governo a estar do lado da Alemanha em ambas as Grande Guerras. O exército búlgaro foi o primeiro a usar forças aéreas (aviões) em batalhas em toda a história mundial
Apesar de estar no lado da Alemanha, a Bulgária salvou os judeus búlgaros dos campos de concentração.
A Bulgária foi o único país das Balcãs que fez a sua mudança política no final dos anos 80 e início dos anos 90, de forma pacífica e sem vítimas humanas (comparando com a Roménia ou a ex-Iusgoslávia, o único país balcão que realizou mudanças políticas no fim dos anos 80 de forma pacífica, sem vítimas humanas (comparando com a Romênia ou antiga Iugoslávia)).
Fonte: www.cfww.org
Bulgária
Capital: Sofia
População: 7.4 milhões
Idioma: Búlgaro
Moeda: lev (BGN)
A República da Bulgária é um país que fica no sudeste da Europa. Faz fronteira com o Mar Negro ao leste, Grécia e Turquia ao sul, Sérvia e a República da Macedônia ao oeste, e Romênia ao norte, a maior parte ao longo do Danúbio. A Bulgária é atravessada por rotas historicamente importantes do norte e do leste da Europa até a bacia do Mediterrâneo e do oeste e centro da Europa até o Oriente Médio. Fundada em 681 é, portanto, um dos países mais antigos da Europa.
Características do país
Panorama
O país é extraordinário por seus cenários variados, suas montanhas encarpadas e os modernos resorts do Mar Negro que atraem uma grande variedade de visitantes. O sudoeste do país é montanhoso com duas cordilheiras alpinas (Rila e Pirin). Mais a leste estão as Montanhas Rhodope que são mais baixas, mas de maior extensão. A montanha de Rila inclui o pico mais elevado da Península Balcânica: o Musala, com 2925 metros. A longa cordilheira das montanhas balcânicas percorre de oeste a leste pelo meio do país, ao norte do famoso Vale das Rosas.
Lugares turísticos
Viajando pela Bulgária, você poderá visitar lugares turísticos como:
- as capitais históricas da Bulgária: Veliko Tarnovo e Pliska
- cidades com arquitetura renascentista: Koprivshtitza, Trjavna, Gabrovo, Plovdiv
- os famosos monastérios "Rila" e "Bachkovo"
A capital do país é Sofia, que fica em uma bacia montanhosa no oeste, próximo ao centro geográfico de toda a região Balcânica.
Resorts de férias na Bulgária
Se deseja passar as férias na Bulgária, você pode ficar nos resorts nas montanhas Borovetz, Pamporovo e Bansko ou no litoral do Mar Negro - Varna, Burgas, Sozopol, Nessebar, Sunny Beach ou Golden Sands.
Clima da Bulgária
O clima da Bulgária é temperado, com invernos frios e úmidos e verões quentes e secos.
Fonte: portugues.eurail.com
Bulgária
A Bulgária é um país dos Balcãs, limitado a norte pela Roménia, a leste pelo Mar Negro, a sul pela Turquia e pela Grécia e a oeste pela Macedónia e pela Sérvia.
Sua capital é Sófia.
Faz parte da UE desde 1 de janeiro de 2007.
Sófia
Sófia foi fundada há sete mil anos atrás, é a segunda cidade mais antiga da Europa
.Teve muitos nomes ao longo de sua história e os restos da cidade antiga são visíveis ainda hoje.
Em origem era ocupada pelos Trácios e era chamada de Serdica.
Foi capturada por Roma em 29 d.C. e foi capital da província romana da Dacia Mediterranea depois de Diocleciano dividir a província da Dácia em duas (Dacia Ripensis e Dacia Mediterranea).
Foi destruída pelos hunos em 447.
Fonte: www.atlas-viagens.pt
Bulgária
Capital: Sófia
População: 7 718,8 milhões de habitantes
Superfície: 110 993 Km2
Língua: Búlgaro
Sistema de Governo: República Parlamentar
Religião: Cristã Ortodoxa (85% ortodoxos, 9,7% muçulmanos, 3,3% outros)
Moeda: lev (BGN)
Taxa de conversão: 1 EUR=1,95583 BGN
Território
Situada junto à costa do Mar Negro, faz fronteira a norte com a Roménia, a sul com a Turquia e com a Grécia, a oeste com a Macedónia e é banhada a este pelo Mar Negro. A paisagem búlgara é muito diversificada. As vastas planícies fluviais, atravessadas pelo Danúbio, dominam o norte, enquanto o sul é montanhoso. Ao longo da costa do Mar Negro existem 130 Km de praias.
População A Bulgária apresenta uma grande diversidade populacional, embora 85% dos habitantes sejam de etnia búlgara. Os turcos representam 8,5% da população, os ciganos 2,5%, e os macedónios 2,5%., existindo ainda várias outras minorias, embora com uma expressão mais reduzida como sejam arménios e russos. De notar que a Bulgária é um país fortemente urbanizado, vivendo 74% dos seus habitantes em zonas urbanas.
Economia
Até 1991 a Bulgária tinha uma economia do tipo socialista, onde praticamente não existia iniciativa privada e o Estado dominava a economia. Com a democratização do país foi implementado um vasto programa de privatizações e liberalização da actividade económica. Após alguns anos com muitos problemas, os últimos programas de estabilização têm atingido os seus objectivos, com taxas de câmbio estáveis, baixa inflação e um crescimento económico robusto. Os seus sectores mais importantes são a indústria ligeira, o sector alimentar e vitivinícola.
Organização Política
A Bulgária é uma República Parlamentar. O poder legislativo é exercido pela Assembleia Nacional, composta por 240 deputados, eleita por sufrágio directo e universal, com base num sistema proporcional, por um período de 4 anos. O Primeiro Ministro é indicado pelo partido com mais assentos na Assembleia Nacional e nomeado pelo Presidente. O Presidente da República é eleito por sufrágio universal por um período de 5 anos. O Presidente é o chefe supremo das Forças Armadas e nomeia o Governo. Pode, em casos especiais e devidamente justificados, demitir o governo e impedir a adopção de leis.
Fonte: www.aprendereuropa.pt
Bulgária
Apesar da influência turca, que deixou raízes em cinco séculos de dominação, o país das rosas, como é conhecida a Bulgária, se acha estreitamente vinculado à Rússia e aos demais países da Europa oriental, por laços históricos e culturais.
A Bulgária situa-se na península balcânica, onde ocupa uma superfície de 110.912km2, com forma aproximadamente retangular. Limita-se ao norte com a Romênia, a leste com o mar Negro, ao sul com a Turquia e a Grécia e a oeste com a Iugoslávia e a Macedônia.
Geografia física da Bulgária
Geologia e relevo. O relevo búlgaro é dominado por duas cadeias montanhosas paralelas, orientadas de oeste para leste, que cortam o país da fronteira com a Iugoslávia até o mar Negro. Entre ambas se estende uma região de planícies e extensos vales, a antiga Trácia, onde se acham as principais fontes de riquezas e as maiores concentrações demográficas do país. A cadeia montanhosa que confina a Trácia pelo norte é a Stara Planina, ou cordilheira dos Balcãs, cuja largura não chega a cinqüenta quilômetros, mas que em alguns lugares atinge mais de dois mil metros de altura (Botev, 2.376m; Triglav, 2.276m).
No sul do país, os Antibalcãs formam paisagens montanhosas de estrutura complexa e em geral mais elevadas que os Balcãs. Constituem a fronteira com a Iugoslávia e com a Grécia. O maciço de Vitosha, a pouca distância de Sofia, alcança 2.290m, enquanto o ponto culminante, o pico Musala, com 2.925m, fica na cordilheira de Rila. A cordilheira de Pirin atinge 2.914m no pico de Vikhren, e os montes Ródope, 2.191m no Goliam Perelik. Ao norte dos Balcãs, o terreno baixa em suave declive para as margens do Danúbio, que corre paralelamente à cordilheira, a cerca de cem quilômetros ao norte.
Clima. Na maior parte da Bulgária, o clima é do tipo continental, e invernos rigorosos, com nevascas freqüentes, alternam-se com verões tórridos. Na planície da Trácia, é sensível a influência do Mediterrâneo e nas proximidades do mar Negro o clima torna-se mais ameno. As precipitações nas planícies são modestas (entre 400 e 600mm anuais), enquanto nas montanhas chegam a mais de 1.200mm, muitas vezes com neve. A máxima freqüência de chuvas é na primavera.
Os verões quentes permitem o cultivo de espécies semitropicais, como o algodão e o arroz. O rigor do inverno, porém, dificulta o crescimento de espécies mediterrâneas, como a oliveira, que só é abundante nas costas do mar Negro.
Hidrografia. O território da Bulgária divide-se em quatro grandes bacias. Ao norte dos Balcãs, numerosos rios com amplos vales transversais à cordilheira são afluentes do Danúbio. Todos nascem na cadeia Balcânica, salvo o Iskur, que, oriundo do maciço de Rila, alcança a depressão onde está a capital do país e atravessa as montanhas por um estreito vale, até chegar à planície do Danúbio. Entre os Balcãs e os Antibalcãs, a planície da Trácia é banhada pelo Maritsa e seus afluentes, dos quais o mais caudaloso é o Arda, que recolhe suas águas da vertente setentrional dos montes Ródope. Ambos os rios se unem na fronteira da Grécia com a Turquia, antes de desembocar no Mediterrâneo. Cavando seus vales nos Antibalcãs, o Struma e o Mesta rumam para o sul, até desaguar na costa grega do mar Egeu. Vários rios menores lançam-se diretamente no mar Negro.
Flora e fauna. Bosques de coníferas cobrem uma terça parte do território búlgaro, sobretudo nas zonas montanhosas, enquanto uma vegetação de estepe, semelhante à russa, caracteriza a planície do Danúbio. O governo mantém um programa de reflorestamento para compensar as perdas acarretadas pelas guerras e pela rotação das culturas.
A fauna búlgara se compõe de animais próprios das diversas zonas biogeográficas do centro da Europa. Ursos, cervos, lobos, leopardos etc. se encontram em estado selvagem em reservas naturais.
População da Bulgária
Cerca de 85% da população é búlgara, existindo uma importante minoria turca (8%) e grupos macedônios, judeus, ciganos, armênios, gregos e romenos. A língua oficial é o búlgaro, do grupo eslavo meridional, introduzida pelas populações que se instalaram na região no século VI. Na composição étnica predomina o grupo eslavo, mesclado parcialmente com os elementos trácios preexistentes e com populações trazidas pelo domínio turco. A população se distribui de forma muito irregular, sendo escassa nas zonas montanhosas e densa nas planícies e vales. Na segunda metade do século XX o crescimento da população era moderado, mas houve êxodo do campo para as cidades.
Plovdiv é a capital da Trácia, e nela se situam numerosas indústrias metalúrgicas, têxteis e de conservas. Varna e Burgas são importantes centros industriais e portuários na costa do mar Negro. Veliko Turnovo, ao norte dos Balcãs, é uma das capitais históricas do país, enquanto Ruse constitui um importante porto fluvial e o centro de comunicações da Bulgária com o norte e o leste da Europa. Sofia, a capital do país, é também uma encruzilhada de comunicações e o maior centro comercial e industrial do país. (Para dados demográficos, ver DATAPÉDIA.)
Economia da Bulgária
Com o fim da segunda guerra mundial, a Bulgária adotou um sistema socialista de economia estatizada, baseada no modelo soviético. Houve planos qüinqüenais, coletivização agrária e desenvolvimento acelerado da indústria pesada. O país deixou de ser subdesenvolvido. Mas apesar dos aumentos da produção, o crescimento econômico cedeu a partir da década de 1960, como nos demais países socialistas. O modelo econômico persistiu até fins da década de 1980, quando se deram o colapso do comunismo e a desintegração do império soviético.
Agricultura e pecuária. A agricultura búlgara atingiu um grau considerável de mecanização e está voltando gradualmente ao controle privado. Criaram-se muitas represas e canais de irrigação. As principais culturas são trigo, cevada, milho, forragens, algodão, tabaco, hortaliças e frutas. É tradição búlgara o cultivo industrial de roseiras, utilizando-se as rosas para diversos fins, que vão desde a fabricação de doces até a extração de essências para perfumes.
A criação de gado, sobretudo ovino e suíno, reveste-se de grande importância econômica e a exploração das grandes áreas florestais das zonas montanhosas é intensa. A pesca fluvial e marítima não está muito desenvolvida.
Mineração e indústria. Na costa norte do mar Negro se extraem petróleo e gás natural. O ferro, o cobre, o zinco e outros metais são explorados em quantidades expressivas. No vale do Maritsa há jazidas de linhita, usada para a obtenção de energia elétrica em centrais térmicas.
Graças à concentração dos investimentos no setor secundário, as indústrias siderúrgicas de fertilizantes, de cimento, química, mecânica e de papel e celulose desenvolveram-se consideravelmente; são também importantes as indústrias de tecidos e produtos alimentícios.
Comércio e transporte. As transações com o exterior diversificaram-se bastante após a extinção do bloco socialista. O comércio com o Ocidente intensificou-se. Também se desenvolveu um importante setor turístico, baseado sobretudo nos balneários do mar Negro e nos esportes de inverno.
O país conta com uma densa rede de ferrovias e de estradas, que foram importantes para a expansão industrial. O turismo e o transporte internacional são favorecidos pela rota que une a Iugoslávia à Turquia, passando por Sofia. A navegação pelo Danúbio, onde se destacam os portos de Ruse e Lom, é intensa. O comércio exterior serve-se em grande parte dos portos marítimos de Varna e Burgas. Além disso, o país conta com aeroportos internacionais em Sofia, Varna e Burgas. (Para dados econômicos, ver DATAPÉDIA.)
História da Bulgária
As primitivas populações trácias formavam parte do império de Alexandre o Grande. No início da era cristã, o território da Bulgária foi integrado ao Império Romano. No século IV godos e hunos ocuparam por algum tempo a região; e dois séculos depois, tribos eslavas ali se estabeleceram definitivamente. Os protobúlgaros, nômades de origem turca, procedentes do norte do Cáucaso, radicaram-se em Moesia, no nordeste da atual Bulgária, em fins do século VII e, unindo-se aos eslavos e aos primitivos habitantes da região, formaram uma confederação que chegou a ser reconhecida pelo imperador bizantino Constantino IV.
O estado búlgaro. O império búlgaro constituiu-se no ano 681 às expensas do império bizantino. No século IX, sob Bóris I, o país converteu-se ao cristianismo e adotou o alfabeto cirílico. Sobreveio, porém, uma decadência e o império bizantino recuperou a Bulgária em começos do século XI. Em 1185 os búlgaros se revoltaram e sacudiram o domínio bizantino na batalha de Turnovo. O segundo império búlgaro estendia-se inicialmente entre os Balcãs e o Danúbio, mas no século XIII ampliou seus limites até os mares Egeu e Adriático. Um novo período de decadência facilitou a conquista do país pelos turcos, consumada em 1396.
Domínio turco. O império otomano dominou a Bulgária durante quase cinco séculos. O país, submetido a um sistema feudal cuja nobreza era turca, não passou pelas transformações que se produziram na Europa central e ocidental. A maioria da população continuou fiel ao cristianismo, mas uma forte corrente migratória muçulmana de origem asiática veio estabelecer-se nas planícies, nas cidades e nos enclaves estratégicos. Numerosos búlgaros deixaram o país, refugiando-se primeiro na Romênia e na Hungria e, depois, na Rússia. Freqüentes rebeliões contra os turcos foram esmagadas.
Renascimento da nacionalidade búlgara. Ao longo do século XVIII, deu-se um processo de revitalização da cultura búlgara, liderado pela igreja ortodoxa local, que encorajava a resistência contra o domínio turco e contra a influência religiosa e cultural da Igreja Ortodoxa Grega. No século XIX, formaram-se sociedades patrióticas secretas e surgiram diversos movimentos de rebelião em prol da independência.
A insurreição de 1876 foi duramente reprimida, provocando a intervenção do império russo, que derrotou os turcos na guerra de 1877-1878. O pan-eslavismo tinha chegado ao auge e a Rússia era considerada por muitos búlgaros como uma "irmã maior". Com o tratado de paz de San Stefano, de março de 1878, constituiu-se a Grande Bulgária, principado autônomo que incluía a Macedônia. Esse principado desmembrou-se em julho daquele mesmo ano, com o Congresso de Berlim, que fez eco à desconfiança das potências européias. Formou-se então, entre o Danúbio e as montanhas balcânicas, o principado da Bulgária, que era praticamente independente, mas mantinha um vínculo formal com o império otomano.
A parte sul do país serviu de base para a formação da província turca autônoma da Rumélia, e a Macedônia ficou sob o domínio direto da Turquia. Em 1885, a Bulgária e a Rumélia reunificaram-se e em 1908 o país declarou-se independente do estado turco, e seu príncipe governante recebeu o título de czar.
As guerras do século XX. Em 1912, a Bulgária formou com a Sérvia, a Grécia e Montenegro a Liga Balcânica, que derrotou a Turquia na primeira guerra dos Balcãs (1912-1913). Houve desentendimentos na partilha dos territórios tomados aos turcos, e deflagrou-se uma nova guerra, dessa vez entre a Bulgária e seus antigos aliados, além da Romênia e da Turquia. Na Paz de Bucareste, de agosto de 1913, a Bulgária teve de ceder parte de seus territórios à Romênia, à Sérvia e à Grécia.
Em 1915, a Bulgária entrou na primeira guerra mundial a favor das potências centrais, o que provocou, no final do conflito, a sublevação de uma parte do exército e a abdicação do czar, Fernando de Saxe-Coburgo, em favor de seu filho Bóris III. Pelo tratado de paz firmado em 27 de novembro de 1919, a Bulgária teve de entregar diversos territórios fronteiriços, além de perder seu acesso ao Mediterrâneo. Teve também de desarmar seus exércitos e contraiu vultosas dívidas de guerra.
No pós-guerra iniciou-se um período de instabilidade política sob o governo do partido majoritário, a União Popular Agrária Búlgara, de cunho reformista. Em 9 de junho de 1923, os conservadores deram um golpe de estado, em que foi assassinado o líder da União Popular, Alexander Stamboliyski. Em junho de 1931, as urnas conduziram ao poder uma coligação reformista, afastada por um novo golpe de direita em 19 de maio de 1934. O czar Bóris III consolidou seu poder quando a Bulgária aproximou-se da Alemanha nacional socialista. Graças à intervenção de Viena (7 de setembro de 1940), a Romênia cedeu à Bulgária a Dobruja meridional, o chamado quadrilátero de Silistra.
Dando seqüência a sua política germanófila, o governo búlgaro, em março de 1941, aderiu ao Eixo e em 14 de dezembro do mesmo ano declarou guerra ao Reino Unido e aos Estados Unidos, mas não à União Soviética. Embora oficialmente aliada, a Bulgária foi ocupada pelo Exército alemão, o que motivou, a partir da entrada da União Soviética na guerra, a organização de guerrilhas.
O czar Bóris morreu em circunstâncias obscuras em 28 de agosto de 1943, assumindo o governo um conselho de regência, porque o príncipe-herdeiro Simeon só tinha seis anos de idade. No verão de 1944 os governantes búlgaros tentaram negociar a paz em separado com os aliados. A 5 de setembro daquele ano a União Soviética declarou guerra à Bulgária. Deu-se, então, uma insurreição popular que coincidiu com a entrada das tropas russas no país. Em 10 de setembro, o governo revolucionário da Frente Patriótica, integrado por comunistas, camponeses, social-democratas e outros grupos, declarou guerra à Alemanha. Assim, a Bulgária manteve suas fronteiras intactas, ao término do conflito.
A Bulgária depois de segunda guerra mundial. Após o plebiscito de 8 de setembro de 1946, foi promulgada uma nova constituição que declarou a Bulgária república popular. Assumiu como chefe de governo o comunista Georgi Dimitrov, que morreu três anos depois. Até 1956, a política oficial foi rigorosamente stalinista. A partir daí, o país acompanhou a União Soviética em um longo processo de liberalização. Deram-se os primeiros passos para a instauração de um sistema democrático na Bulgária em 1989, quando o presidente Todor Jivkov foi expulso do Partido Comunista, que no ano seguinte passou a ser designado Partido Socialista da Bulgária. Em 1991, começou a abertura da economia e entrou em vigor uma nova constituição que incluía medidas democráticas. Nas eleições parlamentares de outubro do mesmo ano, a União das Forças Democráticas conquistou o poder.
Instituições políticas
Após décadas de regime comunista, a constituição promulgada em 1991 definiu a Bulgária como um "estado democrático, constitucional e social", sendo o presidente eleito a cada cinco anos. Os candidatos deveriam residir no país há pelo menos cinco anos (tal disposição bloqueava qualquer tentativa de candidatura do exilado czar Simeon II). O poder legislativo ficou a cargo da Grande Assembléia Nacional, e o executivo passou a ser representado pelo conselho de ministros.
Sociedade
Apesar de seu lento desenvolvimento econômico, a Bulgária possui um sistema educacional e previdenciário de relativa eficácia. A renda e o nível de consumo dos búlgaros, porém, são baixos em relação aos dos habitantes de outros países industrializados de história econômica semelhante a sua, como a República Tcheca e a Hungria.
Como nos demais países balcânicos, a presença de minorias importantes constitui historicamente um fator de instabilidade social. Depois da segunda guerra mundial muitos turcos e judeus deixaram a Bulgária. Além disso, muitos búlgaros vivem nos estados limítrofes.
A religião tradicional dos búlgaros é a cristã ortodoxa. A igreja búlgara é autocéfala, com sede patriarcal em Sofia. Existe também uma minoria muçulmana.
Cultura
Literatura. O búlgaro foi a primeira língua eslava a ter uma literatura escrita nacional. Os discípulos dos missionários Cirilo e Metódio, sediados em Preslav, capital do primeiro império búlgaro, desenvolveram um intenso trabalho de evangelização. Muitas obras religiosas foram traduzidas para o idioma eslavo ou nele escritas diretamente, graças à criação do alfabeto cirílico, baseado no grego. A conquista turca deu origem a uma corrente de exilados, e estendeu a expressão escrita a outros povos eslavos, como os sérvios e os russos. No século XVIII, deu-se o renascimento da literatura escrita em búlgaro, que começou com a História dos eslavos búlgaros, publicada em 1762 por um monge búlgaro do monte Athos, Paissii Hilendarski. Em meados do século XIX vieram a lume muitas publicações didáticas e de conteúdo nacionalista, bem como de poesia.
No início do século XX formou-se uma nova geração de escritores atraídos pela cultura ocidental, que buscaram romper os rigorosos modelos nacionalistas das gerações anteriores: Pentcho Slavekhov, Perio Khavorov e Petko Todorov. A partir da primeira guerra mundial, com a diversificação das escolas e a multiplicação dos autores, teve realce a ideologia revolucionária, tanto na poesia como na prosa. O advento do realismo socialista não foi, assim, tão traumático na Bulgária como nos outros países do leste europeu.
Arte. Apesar da existência de vestígios artísticos dos antigos trácios, gregos e romanos, é lícito dizer que a arte búlgara propriamente dita tem raízes no primeiro estado búlgaro, a partir de fins do século VII. As principais construções da época foram igrejas, de estrutura basilical ou cruciforme. A influência bizantina aparece em mosaicos e em diversos elementos decorativos. O mosteiro de Rila, reconstruído no século XIX, representa bem as tendências artísticas que se sucederam no país ao longo de séculos.
Embora tenha seguido o modelo bizantino, a pintura búlgara logrou superar sua rigidez na escola de Turnovo, que floresceu sob o segundo império. O domínio turco interrompeu durante séculos a criatividade nas artes plásticas. No século XIX, a pintura desenvolveu-se sob influência crescente das escolas ocidentais, visto que alguns pintores estudaram em Viena, Paris ou Moscou. Na segunda metade do século XX impôs-se o realismo socialista, mas nem por isso deixou de manifestar-se o gosto tradicional pelas cores vivas e pela rica ornamentação.
Fonte: www.coladaweb.com
Bulgária
A Bulgária é um país dos Balcãs, limitado a norte pela Roménia, a leste pelo Mar Negro, a sul pela Turquia e pela Grécia e a oeste pela Macedónia e pela Sérvia. Sua capital é Sófia. Faz parte da UE desde 1 de janeiro de 2007.
História da Bulgária
O primeiro Estado búlgaro formou-se ao final do século VII. Nos séculos seguintes, entrou em guerra contra o Império Bizantino por diversas vezes, para garantir a sua existência. Porém, não logrou resistir à invasão do Império Otomano, ocorrida ao final do século XIV.
A Bulgária recuperou sua independência em 1878, como um Principado Autônomo e sua independência total foi proclamada em 1908. Pouco tempo depois, nos anos 1912 e 1913, envolveu-se na Guerra dos Balcãs. Durante a Primeira Guerra Mundial e, mais tarde, na Segunda Guerra Mundial, combateu ao lado das nações que vieram a ser derrotadas no conflito.
Finalizada a Segunda Guerra Mundial, ficou sob a influência da União Soviética e tornou-se uma República Popular em 1946. Durante este período, o país foi um dos mais alinhados com Moscovo, tendo dirigentes os linha-dura Gueórgui Dimitrov e Todor Jivkov, apoiados pela repressão da KDS. O governo comunista encerrou-se em 1990, quando o país teve eleições multipartidárias.
A Bulgária foi aceita na OTAN em 2004 e a 1 de Janeiro de 2007 entrou para a União Européia, conjuntamente com a Roménia, perfazendo os actuais 27 países.
Política da Bulgária
Após o término da Segunda Guerra Mundial, a Bulgária ficou sob a influência da União Soviética tornando-se uma república popular em 1946. O governo comunista terminou em 1990, quando o país teve eleições com a participação de diversos partidos.
A Bulgária é membro da OTAN desde 2004 e aderiu à União Europeia em 2007.
Geografia da Bulgária
A Bulgária é composta pelas regiões clássicas da Trácia, Moésia e Macedónia. O sudoeste do país é montanhoso e contém o ponto mais elevado da península Balcânica, o Musala, com 2 925 m. A cordilheira dos Balcãs atravessa o centro do país de leste a oeste, a norte do famoso vale das Rosas. Há regiões de planície e colinas a sueste, ao longo da costa do mar Negro e nas margens do rio principal da Bulgária, o Danúbio, a norte. Outros rios importantes são o Struma e o Marica, no sul do país.
O clima búlgaro é temperado, com invernos frios e húmidos e verões mediterrânicos, quentes e secos.
A península Balcânica recebe o seu nome da cordilheira dos Balcãs, conhecida em búlgaro como Stara Planina, que percorre o centro da Bulgária e chega até ao leste da Sérvia.
Ver também:
- Lista de cidades na Bulgária
- Rios da Bulgária
- Represas e barragens na Bulgária
Geografia da Bulgária
A Bulgária é composta pelas regiões clássicas da Trácia, Moésia e Macedónia. O sudoeste do país é montanhoso e contém o ponto mais elevado da península Balcânica, o Musala, com 2 925 m. A cordilheira dos Balcãs atravessa o centro do país de leste a oeste, a norte do famoso vale das Rosas. Há regiões de planície e colinas a sudeste, ao longo da costa do mar Negro e nas margens do rio principal da Bulgária, o Danúbio, a norte. Outros rios importantes são o Struma e o Marica, no sul do país.
O clima búlgaro é temperado, com invernos frios e úmidos e verões mediterrânicos, quentes e secos.
A península Balcânica recebe o seu nome da cordilheira dos Balcãs, conhecida em búlgaro como Stara Planina, que percorre o centro da Bulgária e chega até ao leste da Sérvia.
Economia da Bulgária
A economia de Bulgária contraiu-se consideravelmente após 1989, com a decadência da União Soviética e, conseqüentemente, a diminuição do acesso ao mercado soviético. Durante a Guerra Fria, a economia búlgara ficou bastante dependente da URSS. O padrão de vida dos búlgaros caiu 40% em relação aos níveis pré-1990, somente retornando ao antigo patamar em junho de 2004.
As sanções económicas da Organização das Nações Unidas (ONU) à Iugoslávia e o Iraque também prejudicaram a economia búlgara. Os primeiros sinais da recuperação da economia aconteceu em 1994, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu e a inflação caiu. Entretanto, em 1996, a economia da Bulgária sofreu uma crise devido às reformas econômicas e a instabilidade do sistema bancário.
Desde 1997, o país passa por um período de recuperação, com o PIB crescendo numa taxa entre 4-5%, propiciando uma estabilidade macroeconômica. Estas condições fizeram com que a União Européia aceitasse o ingresso da Bulgária em 2007. O atual governo, eleito em 2001, prometeu manter os objetivos fundamentais da política econômica adoptados pelo governo anterior, em 1997. Ou seja, retendo a moeda corrente, aprofundando políticas financeiras, a aceleração das privatizações e prosseguir as reformas estruturais. Porém, o governo enfrenta ainda uma elevada taxa de desemprego e os baixos padrões de vida.
Cultura da Bulgária
A música tradicional da Bulgária, tal como a dança e a roupas búlgaras, varia em função da região de onde vem. Geralmente, é difícil um cantor de uma região cantar música de outra região, tendo em conta a diversidade e a variação de sons e a sua emissão específica.
As músicas retratam os acontecimentos históricos e urbanos, o que tem ajudado a "descobrir" e a estudar a história e os costumes do povo búlgaro, de há muitos anos e séculos atrás. As canções não têm autores, visto que são passadas de "boca-a-boca", de geração em geração, e foram inventadas ao longo dos acontecimentos. Os textos das músicas, em si são como histórias, narrando problemas, "festas", guerras, sentimentos.
Cada música tem o seu ritmo e em função do ritmo é criada a dança. Normalmente, cada região tem um ritmo e/ou a dança específicas. Mas algumas das danças são gerais e dançadas pelo país inteiro.
As danças constituem movimentos complicados, que, muitas vezes, confundem os turistas. A maior parte das danças podem ser interpretadas por centenas de pessoas, tal como nos Recordes de Guinness, a maior dança colectiva foi considerada a búlgara, dançada por mais de 15 000 pessoas em conjunto, de mão dada, na capital, na noite de um feriado.
Religião
Católicos ortodoxos: 85,0%
Muçulmanos: 11,8%
Protestantes: 1,2%
Católicos romanos: 1,1%
Ateus: 0,8%
Sem filiação/outros: 0,9%
Os búlgaros, uma tribo turca da Ásia Central, fundiu-se com os habitantes locais eslavos no final do século 7 para formar o primeiro estado búlgaro. Até o final do século 14 o país foi invadido pelos turcos otomanos.
Norte da Bulgária alcançou autonomia em 1878 e toda a Bulgária se tornou independente em 1908. Ter lutado do lado perdedor em duas Guerras Mundiais, Bulgária caiu dentro da esfera de influência soviética e se tornou uma República Popular em 1946.
Dominação comunista terminou em 1990, quando a Bulgária realizou a sua primeira eleição multipartidária desde a Segunda Guerra Mundial e iniciou o processo contencioso de se mover em direção à democracia política e uma economia de mercado. Hoje, as reformas e democratização manter a Bulgária em um caminho em direção a uma eventual integração na UE.